Este é o cenário traçado pelos números publicados hoje pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que em 2020, no seu conjunto, sofreu uma contração de 4,8% do PIB.
No quarto trimestre, a forte expansão verificada durante o Verão foi praticamente congelada, nomeadamente devido à situação na Europa.
Na zona euro, o PIB tinha aumentado 12,5% entre julho e setembro numa base trimestral, mas caiu 0,7% durante os três meses seguintes.
Este movimento foi particularmente marcado em França - que passou de uma expansão de 18,5% no terceiro trimestre para uma contração de 1,4% no quarto trimestre - e em Itália - de uma subida de 15,9% para uma queda de 1,9%.
As medidas restritivas no final do ano para conter a pandemia também pesaram muito significativamente no Reino Unido, onde o PIB aumentou 16,1% entre julho e setembro, enquanto que apenas aumentou 1% entre outubro e dezembro.
Nos Estados Unidos, este abrandamento não foi tão sentido, já que o aumento foi passou de 7,5% para 1%.
No G20, que reúne as principais economias mundiais tanto dos países desenvolvidos como dos países emergentes, o PIB no quarto trimestre aumentou 2,1%, mais uma vez muito abaixo da taxa de 7,8% verificada no terceiro trimestre.
Entre os membros do G20, o crescimento mais forte nos últimos três meses do ano foi o da Índia, de 7,9%, depois de um aumento de 23,7% entre julho e setembro.
No conjunto de 2020, houve apenas dois países do G20 que evitaram um declínio do PIB, designadamente a China (+2,3%) e a Turquia (+1,8%).
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