Resultados demostram "capacidade de adaptação e resiliência"

O presidente executivo da Altice Portugal, Alexandre Fonseca, afirmou hoje que, apesar do impacto da pandemia, os resultados da dona da Meo no ano passado "demonstram a capacidade de adaptação, reinvenção e resiliência" da empresa.

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Lusa
30/03/2021 08:08 ‧ 30/03/2021 por Lusa

Economia

Altice Portugal

 

As receitas da Altice Portugal subiram 0,5% no ano passado, face a 2019, para 2.121 milhões de euros, divulgou hoje a Altice.

"Apesar desta envolvência extremamente adversa, os resultados financeiros e operacionais que hoje apresentamos demonstram a capacidade de adaptação, de reinvenção e resiliência da Altice Portugal", afirma Alexandre Fonseca, citado em comunicado.

"Fechámos o ano de 2020 com um crescimento das receitas de 0,5%, e um incremento do EBITDA [resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações] em 0,2%, um desempenho que resulta do rigoroso controlo de custos, mas também do aumento contínuo da nossa base de clientes, quer no segmento de consumo, quer no de serviços empresariais", refere o gestor.

"O ano de 2020 foi marcado por uma pandemia mundial, ainda sem fim à vista, que nos coloca, hoje, num dos piores contextos socioeconómicos de que há memória", a que acresce o setor das telecomunicações estar "envolto num ambiente regulatório conturbado e hostil com consequências imprevisíveis, ao mesmo tempo que se inicia um novo ciclo nas comunicações a nível global: o 5G", salienta Alexandre Fonseca.

O gestor refere que a pandemia "tem sido uma verdadeira prova de esforço", nomeadamente no setor das telecomunicações, "onde foi colocada à prova a resiliência e segurança" das redes e infraestruturas, mas "também uma prova de esforço para as economias, para a sociedade e para as empresas", independentemente da sua dimensão e setor de atividade.

"As nossas redes e tecnologia continuaram a assegurar que os nossos clientes, residenciais ou empresariais, pudessem desempenhar as suas funções com a maior normalidade possível, dando prova de uma capacidade de resposta apenas ao alcance de uma grande empresa, com uma vasta experiência, sólida financeiramente, com tecnologia de ponta e infraestruturas modernas e resilientes e com os melhores profissionais da indústria, aptos e sempre dispostos a reagir aos desafios que lhes são impostos", acrescenta.

O presidente alerta que se agudiza "um contexto manifestamente difícil, diretamente relacionado com o ambiente regulatório adverso, hostil e imprevisível imposto pela Anacom [Autoridade Nacional de Comunicações], resultando em profundas alterações no mercado, causadas pelos benefícios injustificados aos novos entrantes e pelo desequilíbrio artificial de mercado daí resultante, com consequências imprevisíveis" para o setor.

"A destruição de valor que a atual postura regulatória está a gerar é de tremenda gravidade, pondo em causa não apenas a sustentabilidade do setor das comunicações e o investimento desta indústria no país, mas também colocando sérios riscos na capacidade de inovação, no emprego e no posicionamento de Portugal na Europa, numa área tão relevante para o futuro e competitividade da nossa economia", salienta Alexandre Fonseca.

"Desta forma, estão igualmente em causa a manutenção dos nossos compromissos com o país na inovação e investimento, os fundamentais investimentos no 5G, a melhoria da qualidade e alcance das nossas redes, ou ainda o âmbito dos serviços disponibilizados às famílias e empresas nacionais", sublinha.

O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) cresceu 0,2% para 833,6 milhões de euros.

O investimento (capex) da Altice Portugal no ano passado totalizou 465,7 milhões de euros, um crescimento de 6,9%, "que reflete um desempenho sólido na trajetória de manutenção da liderança e de um crescimento sustentado", acrescenta a empresa.

Leia Também: Receitas da Altice Portugal sobem 0,5% em 2020 para 2.121 milhões

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