Na proposta, a que a Lusa teve hoje acesso, a maioria liderada pelo independente Rui Moreira destaca que o programa de incentivo à atividade comercial incluiu restaurantes, cafetarias, barbearias, salões de cabeleireiros e atividades de bem-estar físico com porta aberta para a rua e com uma dimensão até aos 250 metros quadrados.
"Esta atividade económica, por ter tido a sua atividade interrompida ou fortemente comprometida, evidencia a necessidade de beneficiar de um apoio complementar", justifica a maioria, na proposta que será discutida segunda-feira na reunião do executivo.
Com o objetivo de encorajar o consumo no comércio de rua, local e tradicional, o programa vai consistir na compensação dos comerciantes através de descontos suportados pelo município.
Em todas as compras de valor igual a 20 euros, o município assume o desconto imediato de dois euros e "assim sucessivamente", nas compras efetuadas nos estabelecimentos aderentes até ao limite máximo de 100 euros por compra.
O apoio a conceder vai materializar-se "no desenvolvimento e divulgação de uma campanha de comunicação do comercio de rua, local e tradicional e em particular deste programa de incentivo à atividade comercial, potenciando a realização das compras em segurança, promovendo nos consumidores a importância do seu contributo para sobrevivência do comércio", refere na proposta o vereador da Economia, Turismo e Comércio, Ricardo Valente.
A autarquia pretende afetar ao programa de incentivos uma verba máxima de 500 mil euros, valor que corresponde a 250 mil vales e que "não põe em causa o orçamento municipal de 2021".
O programa de incentivo à atividade comercial, que numa primeira fase vigorou entre 14 de dezembro e 06 de janeiro de 2021, beneficiou 32 estabelecimentos comerciais da cidade.
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