AHP salienta necessidade de linhas de crédito específicas para hotelaria
A Associação de Hotelaria de Portugal (AHP) lamentou hoje a ausência de linhas de crédito específicas para a hotelaria no pacote de novas medidas de apoio à economia e ao emprego publicado.
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Economia Hotel
A AHP considerou também que "a linha de 300 milhões de euros, criada no âmbito do Programa APOIAR, pode não ser suficiente para salvar o turismo, que se encontra numa situação dramática".
O presidente da AHP, Raul Martins, entende que os novos apoios anunciados "são bem-vindos" e que "serão importantes" para a retoma económica e manutenção dos postos de trabalho.
No entanto, considerou que "o Governo deveria ter ido mais longe no que respeita às especificidades das várias atividades".
Em comunicado, a AHP e o seu presidente, lamentam que "ainda não haja uma linha de crédito para o turismo, que possa ajudar a suportar custos fixos gerais e operacionais e que a redução da TSU (Taxa Social Única) seja só de 50% quando há o encerramento das fronteiras e de circulação impedindo o acesso de turistas".
A AHP recorda que defendeu no seu Plano 'SOS Hotelaria', um conjunto de medidas destinadas aos hotéis -- devido à natureza das operações, à configuração das empresas e aos quadros de pessoal -- entre as quais linhas de crédito específicas para a hotelaria.
A expansão do programa Apoiar, o alargamento dos programas Apoiar Rendas e Apoiar + Simples bem como a prorrogação do apoio à retoma progressiva são "importantes medidas", mas a AHP entende que "poderiam ser reforçadas e os seus prazos dilatados", lê-se no comunicado.
A associação, dá como exemplo, pois considera "muito importante", o prolongamento da linha de apoio à retoma progressiva até 30 de junho de 2022 e não setembro de 2021, conforme indica a portaria.
A AHP apela ainda a que haja "mais rapidez" do Estado e da banca comercial em ativar as linhas de crédito para que o dinheiro "chegue rapidamente" às empresas.
O presidente da AHP recorda que "a hotelaria é das atividades mais afetadas pela pandemia, com quebras de quase 80% nas receitas, alojamento e outros (F&B, Spas e ginásios, eventos, etc), significando uma perda de 3.600 milhões de euros".
"Para enfrentar estas perdas, as empresas precisam de medidas mais robustas e céleres para garantirem as suas operações", adverte.
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