"Com a execução deste plano temos condições de, em 2026, chegarmos ao ponto [na economia] em que estaríamos sem covid-19 e tivesse havido uma evolução natural do nosso crescimento desde 2019, como a partir daí irmos mais além e podermos chegar a 2030 melhor do que teríamos estado se não tivéssemos o Programa de Recuperação e Resiliência", afirmou o líder do Governo, que falava durante a apresentação do plano, no Convento São Francisco, em Coimbra.
António Costa afirmou que em 2022, com a execução do PRR, será possível a Portugal recuperar o nível do PIB (Produto Interno Bruto) de 2019, notando que a pandemia trouxe um atraso relativamente àquela que era a evolução do crescimento da economia portuguesa até esse ano.
"Este plano permite-nos estar não só melhor do que estaríamos sem este plano e com covid-19, mas este plano permite-nos mesmo estar melhor do que estaríamos se não tivesse havido covid-19 e a evolução natural da economia tivesse sido aquela que está projetada", vincou.
Para o primeiro-ministro, é esse "esforço que vale a pena", para se poder chegar ao final da década melhor do ponto de vista económico "se não tivesse havido covid-19".
"E para isso é fundamental este trabalho em rede, este trabalho em parceria, onde todos são fundamentais", concluiu.
Durante a sua intervenção, o primeiro-ministro reafirmou a vontade de chegar ao final do verão com 70% da população adulta vacinada e o país conseguir atingir a imunidade de grupo.
"Estamos a chegar a uma fase em que não temos só de olhar para a emergência do presente. Temos que nos focar já na construção do futuro. Hoje temos já o quadro suficientemente sólido e desenhado para que cada um arregace as mangas e nos preparemos para a fase seguinte, que é a fase mais exigente delas todas - transformar este quadro de oportunidades numa realidade vivida, que transforme o nosso país", salientou.
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