"Para este resultado [excedente de 229,7 milhões de euros] contribuiu um aumento da receita efetiva de 250,4 milhões de euros, e essencialmente um aumento da despesa efetiva no montante de 1.179,8 milhões de euros", refere em comunicado o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
O Ministério tutelado por Ana Mendes Godinho refere que o aumento da despesa "se deve essencialmente às medidas extraordinárias adotadas para fazer face aos efeitos socioeconómicos da pandemia por covid-19".
A despesa efetiva atingiu no final de março o montante de a 7.520,7 milhões de euros, traduzindo um aumento de 18,6% face ao período homólogo.
"Esta subida foi gerada, essencialmente, pelas medidas adotadas no âmbito da situação de pandemia por covid-19, que representam um acréscimo de 804,9 milhões de euros", lê-se na mesma nota.
O aumento homólogo da despesa é ainda explicado por um acréscimo de 134,9 milhões de euros (mais 42,9% face a março de 2020) das despesas com prestações de desemprego, que totalizavam no final deste primeiro trimestre 449,3 milhões de euros.
As pensões contribuíram, por seu lado, para um aumento homóloga de despesa de 127,2 milhões de euros (+3,3% do que em março de 2020), tendo-se ainda registado um aumento da despesa com programas e prestações de ação social em 9,3%, (mais 40,8 milhões de euros do que em março de 2020).
Já a despesa relacionada com prestações de parentalidade e com subsídios e complementos por doença verificou-se uma descida da despesa, segundo indica o Ministério do Trabalho.
Relativamente à receita, os dados da execução orçamental até março indicam que esta cifrou-se em 7.750,4 milhões de euros, refletindo um aumento de 3,3% face ao período homólogo de 2020.
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