"A necessidade de retomar uma trajetória de ajustamento compatível com os requisitos orçamentais do Pacto de Estabilidade e Crescimento determinam a partir de 2023 a concretização de uma política orçamental de natureza restritiva e contra cíclica, ainda que ténue", pode ler-se na análise ao PE.
A instituição presidida por Nazaré da Costa Cabral sinaliza que essa mudança está "refletida numa variação média do saldo primário estrutural programado de 0,3 p.p. do PIB e do hiato do produto [diferença entre PIB observado e estimativa do potencial face ao produto potencial] de 0,5 p.p. do PIB".
"A resposta à crise pandémica implicou em 2020 e 2021 a adoção de uma postura expansionista e contra cíclica da política orçamental, perspetivando-se nos anos seguintes uma alteração dessa posição", referem os economistas do CFP no texto hoje publicado.
A partir de 2023, caso não existam alterações às regras orçamentais da Comissão Europeia, a previsão de médio prazo do Governo presentes no PE "aponta para uma recuperação da trajetória de ajustamento orçamental aquém do cumprimento dos requisitos orçamentais do PEC [Pacto de Estabilidade e Crescimento]".
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