O escândalo começou na quinta-feira, com a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) a revelar que tinha suspendido, na quarta-feira, três armazéns ilegais, no Norte do país, e apreendido mais de 17 toneladas de géneros alimentícios. Em questão estavam armazéns localizados nos concelhos de Guimarães, Fafe e Póvoa de Varzim.
Em simultâneo, o Jornal de Notícias avançava que Fábio Coentrão tinha sido apanhado com uma tonelada de santolas num viveiro ilegal, também na quarta-feira. O ex-futebolista tinha o negócio a funcionar sem licenças de funcionamento e comercialização num armazém do porto de pesca da Póvoa de Varzim, no distrito do Porto.
No mesmo dia, à hora de almoço, a SIC divulgava imagens do ex-futebolista a ameaçar uma equipa de reportagem do canal na Póvoa de Varzim. De acordo com a estação televisiva, os jornalistas estavam autorizados a estar no local, mas receberam ameaças de Fábio Coentrão, que também terá ameaçado destruir o equipamento.
A atividade dos três armazéns foi suspensa por "exercício ilegal de entrepostagem" e colocação no mercado de produtos "sem a devida marca de identificação". Foram instaurados três processos de contraordenação.
Destaque na imprensa espanhola e a reação do ex-jogador
Como Fábio Coentrão foi jogador do Real Madrid, o caso foi notícia na imprensa espanhola. Do jornal AS ao Mundo Deportivo, os desportivos espanhóis noticiaram o envolvimento do nome do antigo internacional português e jogador do Real Madrid, ao ponto de ter ameaçado jornalistas na Póvoa de Varzim.
Perante a dimensão da polémica, Fábio Coentrão recorreu às redes sociais na sexta-feira à tarde para deixar uma curta reação e garantiu que "todos os esclarecimentos serão dados às autoridades competentes" e que "a verdade dos factos será apurada".
O antigo futebolista de clubes como o Benfica, Sporting e Real Madrid, e que é dono de três barcos piscatórios, poderá pagar elevadas multas.
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