Crédito às famílias volta a subir para máximo desde maio de 2015

O total de empréstimos às famílias voltou a aumentar em março, situando-se agora nos 121.356 milhões de euros, o valor mais alto desde maio de 2015, segundo dados hoje divulgados pelo Banco de Portugal (BdP).

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Lusa
29/04/2021 12:32 ‧ 29/04/2021 por Lusa

Economia

BdP

 

De acordo com o BdP, o 'stock' dos empréstimos concedidos pelos bancos aos particulares ascendia no final do passado mês de março a 121.356,5 milhões de euros, acima dos 120.958,1 milhões de euros do mês anterior e dos 118.856 milhões de euros de março de 2020.

Segundo os dados disponíveis no 'site' do BdP, é preciso recuar até maio de 2015 para encontrar um 'stock' mais alto de empréstimos a particulares, sendo que nesse mês este valor atingiu os 121.516,6 milhões de euros.

Nos particulares, destacam-se os empréstimos à habitação, que prosseguiram a trajetória ascendente registada desde dezembro de 2019, somando 95.935 milhões de euros em março, que compara com os 95.530,9 milhões de euros do mês anterior e os 93.179,4 milhões de euros homólogos.

O 'stock' dos empréstimos à habitação situou-se em março no valor mais elevado desde agosto de 2016.

Em março, a taxa de variação anual dos empréstimos a particulares para habitação foi de 3,0%, aumentando 0,3 pontos percentuais face a fevereiro.

Já nos empréstimos para consumo, a taxa de variação anual subiu 0,4 pontos percentuais relativamente ao mês anterior, para -1,3%, com o montante total de crédito ao consumo a fixar-se em 18.834,4 milhões de euros, recuando face aos 18.853,7 milhões de euros de fevereiro e aos 19.115,8 milhões de euros de março de 2020.

Os empréstimos para outros fins totalizavam 6.587 milhões de euros em março, mais 13,5 milhões de euros do que em fevereiro e acima dos 6.560,8 milhões de euros de março de 2020.

Quanto ao malparado, no crédito à habitação manteve-se em março nos 0,6%, o mesmo valor de fevereiro e abaixo dos 0,8% do mês homólogo.

Já no crédito ao consumo e outros fins, o malparado representava 6,3% em março, tendo-se também mantido estável face a fevereiro e abaixo dos 6,7% de março de 2020.

Os dados divulgados hoje pelo banco central apontam ainda que os depósitos de particulares nos bancos residentes voltaram a atingir valores recorde, totalizando 164.596,3 milhões de euros no final de março, tendo a respetiva taxa de variação anual sido de 8,2%, valor 0,7 pontos percentuais abaixo do registado em fevereiro.

 

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