O ministro das Finanças, João Leão, disse esta quinta-feira que espera que os fundos no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) cheguem "até ao verão" e adiantou que o plano vai acrescentar "mais de 22 milhões de euros à economia nos próximos cinco anos". Além disso, deixou uma mensagem positiva: "A recuperação já está em andamento".
O ministro das Finanças começou por fazer uma síntese dos indicadores mais recentes e reafirmou que a recuperação da economia se fará "sem recurso à austeridade". Além disso, mostrou-se confiante que haverá uma "retoma plena da atividade económica" em 2022.
João Leão falava no Parlamento, durante o debate do Programa de Estabilidade (PE) 2021-2025, aprovado pelo Governo no dia 15, dois dias depois de o ministro das Finanças o ter discutido com os deputados em comissão.
Sobre esse documento, Leão diz que permitirá recuperar a economia, melhorar o emprego, o rendimento dos portugueses e diminuir a desigualdade. Adianta ainda que será para dar "estabilidade fiscal e sem cortes nos apoios do Estado, sem acrescentar crise à crise".
O Governo aprovou em Conselho de Ministros, no dia 15 de abril, o Programa de Estabilidade 2021-25, no qual o executivo prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 4% este ano, abaixo dos 5,4% anteriormente previstos, e 4,9% em 2022.
Acompanhe aqui o debate, em direto:
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, já tinha afirmado, no final da semana passada, que o Governo mantém a expectativa de receber "primeira tranche" do financiamento do PRR "durante o verão".
Questionado, em conferência de imprensa conjunta com o presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI), Werner Hoyer, sobre quando é que Portugal deverá receber os fundos do PRR, Santos Silva reiterou que a "expectativa" do Governo português, que este semestre preside ao Conselho da UE, é que "surjam os primeiros financiamentos ao longo do verão".
"Concretamente em relação ao plano português, esperamos que durante o verão a primeira tranche, de até 13% do total, seja disponibilizada a Portugal", reiterou o ministro.
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