Segundo Pedro Calado, essa redução deu-se entre 2013 e 2020, passando de 51 para 25 empresas.
"Na reorganização do setor empresarial, não há qualquer aumento de remunerações para além daquela que está estipulada a nível legal, mas isso é válido na Madeira e é válido no continente", disse Pedro Calado, respondendo às críticas do PS/Madeira, que considerou "despropositada" esta preocupação em plena pandemia, quando há empresas e famílias em dificuldades.
Para o líder parlamentar do PS/Madeira, Miguel Iglésias, "não deixa de ser caricato ter este diploma em discussão numa altura destas, para alteração das remunerações dos administradores das empresas públicas regionais, num ano de pandemia".
Miguel Iglésias criticou ainda que o Governo Regional tenha injetado nas quatro Sociedades de Desenvolvimento, entre março de 2020 e março de 2021, "51,9 milhões de euros para cobertura de prejuízos", naquilo que classificou de "gestão danosa e imoral quando a população vive tempos aflitivos", tendo defendido a extinção daquelas empresas.
o vice-presidente do Governo Regional, de coligação PSD/CDS-PP, retorquiu salientando que o executivo, depois de ter efetuado a redução do número de empresas do setor público, "vai cumprir todas as suas responsabilidades financeiras".
O deputado do PSD Brício Araújo acusou os socialistas de deturparem o "teor do diploma", fazendo crer que estava em discussão a questão das remunerações dos gestores.
"É um discurso populista, o que o Governo fez foi alinhar as remunerações com aquilo que se passa a nível nacional, tendo o cuidado de fixar um teto máximo que não pode ultrapassar o salário do presidente do Governo Regional", contrapôs Pedro Calado.
Antes do período da ordem do dia, o presidente do Grupo Parlamentar do JPP, Élvio Sousa, elogiou a visita à região no fim de semana do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que, no seu entender, no encontro que teve com os partidos e no que diz respeito à gestão da pandemia, "deu uma valente lição de democracia ao presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque", acusando-o de não ouvir a oposição.
"É o eterno regresso ao passado, ao centralismo e ao absolutismo", concluiu.
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