Comissão Europeia revê em alta crescimento da Alemanha
A Comissão Europeia reviu hoje em alta o crescimento económico da Alemanha, que será de 3,4% este ano e de 4,1% em 2022, justificando-o com o levantamento das medidas restritivas contra a covid-19 e a reabertura dos serviços.
© Lusa
Economia UE/Previsões:
Em causa estão as previsões económicas da primavera hoje divulgadas, nas quais o executivo comunitário prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) alemão suba acima do anteriormente previsto, seguindo a tendência europeia de melhoria.
Nas projeções intercalares de inverno, divulgadas em fevereiro passado, a instituição previa que a economia alemã crescesse 3,2% em 2021 e 3,1% em 2022.
"As medidas de confinamento têm vindo a enfraquecer o consumo privado desde dezembro de 2020, mas espera-se uma recuperação acentuada das despesas de consumo e da atividade global a partir do segundo semestre deste ano, à medida que a vacinação avança e os serviços de contacto intensivo reabrem", justifica a Comissão Europeia no documento hoje publicado.
Além disso, "as exportações têm vindo a recuperar desde meados de 2020 e espera-se que continuem a apoiar o crescimento", acrescenta.
Segundo o executivo comunitário, o défice da Alemanha "deverá aumentar em 2021 mas diminuir em 2022", fixando-se então em 7,5% este ano e em 2,5% no ano seguinte.
Isto deve-se, em parte, às "medidas orçamentais consideráveis para apoiar a recuperação [que] permanecem em vigor durante todo o ano", que vão permitir "mitigar as perdas de emprego e as insolvências".
Já a dívida pública ascenderá a 73,1% do PIB em 2021 e em 72,2% do PIB em 2022.
No que toca ao mercado laboral, a taxa de desemprego irá fixar-se em 4,1% este ano e em 3,4%.
A Comissão Europeia prevê ainda "que a inflação aumente no final deste ano devido a fatores temporários, mas abrande novamente em 2022", sendo de 2,4% este ano e de 1,4% no ano seguinte.
As previsões da primavera -- um dos dois exercícios anuais de projeções a dois anos feito por Bruxelas que englobam um conjunto alargado de indicadores macroeconómicos para a zona euro e para o conjunto da UE -- são divulgadas hoje depois de um primeiro trimestre em que a economia europeia continuou a ser fortemente condicionada pela pandemia, designadamente por longos confinamentos na generalidade dos Estados-membros e uma campanha de vacinação que arrancou aos 'soluços'.
Surgem ainda numa altura em que a União Europeia ultima a entrada em vigor do pacote de recuperação económica pós-crise da covid-19.
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