"A variação homóloga situa-se em 24,82%, registando um acréscimo de 4,01 pontos percentuais com relação a observada em igual período do ano anterior", refere o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN), hoje divulgado.
O mesmo documento aponta que os preços aumentaram também 2,09% entre março e abril.
A classe Alimentação e Bebidas não Alcoólicas foi a que registou um maior aumento dos preços neste período, com 2,58%, seguindo-se Saúde, com 2,21%, Bens e Serviços Diversos, com 1,97% e Hotéis, Cafés e Restaurantes, com 1,84%,
A classe Alimentação e Bebidas não Alcoólicas foi também a que, segundo o INE angolano, "mais contribuiu para o aumento do nível geral dos preços", sendo responsável por 1,45 pontos percentuais do aumento de 2,09% em abril.
O valor registado em abril deste ano representa um aumento de 0,31 pontos percentuais face ao mês anterior e, em termos homólogos, de 0,04 pontos percentuais face aos 2,05% registados no mesmo período do ano passado.
Já desde o início do ano, a inflação em Angola soma 7,65%, valor semelhante ao registado nos primeiros quatro meses de 2020, quando alcançou os 7,89%. Em relação a 2019, isto representa um aumento de 3,25 pontos percentuais face aos 4,40% então registados.
De acordo com o INE, as províncias angolanas que registaram maior aumento foram as de Luanda (2,32%), Lunda Sul (2,26%), Uíge (2,19%) e Zaire (2,17%).
Por outro lado, as províncias com menor variação foram Huambo (1,66%), Moxico (1,61%), Bié (1,55%) e Cabinda (1,52%).
Na proposta do Orçamento Geral do Estado angolano para 2021, Luanda estimou uma taxa de inflação acumulada anual de 18,27% para este ano.
Em janeiro, a consultora NKC African Economics estimou que a inflação angolana deverá aumentar dos 22,2% registados em 2020 para 22,6% este ano, devido à depreciação da moeda e à crise económica no país.
Leia Também: Covid-19: Angola regista mais quatro mortes, 290 casos e 442 recuperações