O documento de trabalho, lançado na véspera da cimeira de Paris sobre o financiamento das economias africanas, argumenta que "um dos principais fatores que impede a transformação produtiva e o desenvolvimento do setor privado tem sido o défice de investimento em infraestruturas, entre os 130 e os 170 mil milhões de dólares [107 a 140 mil milhões de euros] por ano".
A organização aponta que, por causa disto, "a fraca logística que daí resulta reduz a produtividade ao nível das empresas em até 40%, abaixo dos concorrentes globais e asfixiando a sua capacidade de gerar empregos de qualidade".
No documento de trabalho, a OCDE escreve que "os projetos de infraestrutura proporcionam significativos ganhos de desenvolvimento, desde que as políticas certas, como a garantia de serviços sociais básicos, estejam em funcionamento".
As três ações que a OCDE defende que os governos da região devem implementar o aprofundamento do envolvimento dos governos com os seus pares e com o setor privado, para identificar políticas que melhorem as finanças públicas, fortalecimento das instituições para atrair investimento privado e, por último, a criação de um ecossistema africano de infraestruturas, que garanta aprovação bancária para projetos de qualidade.
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