Novo resort na ilha da Boa Vista espera mais de 15.000 dormidas por ano

O mais recente empreendimento hoteleiro anunciado para a ilha cabo-verdiana da Boa Vista prevê atingir mais de 15.000 dormidas por ano, em 72 quartos, segundo o projeto dos investidores italianos promotores do "Água Luxury Resort".

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Lusa
25/05/2021 10:21 ‧ 25/05/2021 por Lusa

Economia

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De acordo com o Estudo de Impacte Ambiental, em consulta pública e ao qual a Lusa teve hoje acesso, o empreendimento é promovido pela empresa LH -- Turística, representada por dois sócios italianos e prevê a construção de um resort de luxo naquela ilha, a segunda mais importante, turisticamente, em Cabo Verde.

O documento prevê uma taxa de ocupação de 60% média no futuro "Água Luxury Resort", traduzindo-se em 15.488 dormidas anuais.

A construção do empreendimento, que se vai distribuir por uma área de 7.140 metros quadrados (m2) vai envolver quase uma centena de trabalhadores e em fase de funcionamento contará com 53 trabalhadores.

"Deste modo, calcula-se que serão gastos são de 426.588 euros anual em salários e encargos sociais com os trabalhadores", lê-se no estudo.

O documento aponta um conjunto de impactes, "quer positivos, quer negativos", e assume que as medidas de mitigação propostas pelos promotores tornam o resort "ambientalmente viável".

O empreendimento já tinha recebido em abril, através de um despacho conjunto dos ministros do Turismo e Transportes e das Finanças, o estatuto de Utilidade Turística de Instalação, junto à cidade de Sal Rei, ilha da Boa Vista.

De acordo com o despacho governamental que atribui este estatuto, que dá acesso a benefícios fiscais à instalação por parte dos promotores, o investimento envolve a construção de alojamento e serviços complementares dentro de um resort, prevendo disponibilizar 72 quartos, dos quais 20 suítes, bar, restaurantes, ginásio, piscinas e até uma área de teatro.

Representa um investimento privado de 617,8 milhões de escudos (5,58 milhões de euros).

"O nome 'Água Luxury Resort' pretende ser cartão-de-visita, disposto a atender da melhor forma a procura turística na ilha da Boa Vista, apostando na diversificação da oferta turística e ao mesmo tempo complementar a oferta existente, apostando na prestação de um serviço de qualidade associado ao conforto da instalação, preservando os aspetos da sustentabilidade ambiental capaz de proporcionar equilíbrio entre negócio e a sociedade, pretende além de tudo ser uma referência no setor turístico na ilha da Boa Vista", lê-se no despacho.

Elevam-se a praticamente 1.100 milhões de euros e cerca de 8.600 postos de trabalho os contratos de promotores privados, em hotelaria e turismo, fechados com o Estado cabo-verdiano desde abril de 2020, já depois do início da pandemia de covid-19. Envolve o Radisson Praia e o Mélia Lusofonia, dois megaempreendimentos cujo investimento foi contratado no final de março, e dois hotéis de cinco estrelas da cadeia Marriot, além de 23 investimentos com estatuto de utilidade turística, de acordo com dados oficiais compilados pela Lusa.

O presidente da Câmara de Turismo de Cabo Verde, Gualberto do Rosário, garantiu em março, em entrevista à Lusa, que os empresários não deixaram de investir, apesar do forte impacto da pandemia, esperando um crescimento ainda mais pujante no setor a curto prazo.

"Uma vez resolvida a questão da pandemia, admito que o setor retome a normalidade, eventualmente até com outra pujança, esperemos, como vinha crescendo. Os empresários de uma forma geral, tanto os nacionais como os investidores externos, percebem que é assim e estão a preparar-se para a retoma", afirmou o responsável, embora admitindo que a maioria dos hotéis em Cabo Verde permanece encerrada, devido aos impactos da covid-19.

O turismo representa cerca de 25% do Produto Interno Bruto (PIB) de Cabo Verde, mas o setor está praticamente parado desde final de março de 2020, devido às restrições às viagens, impostas para conter a transmissão de covid-19, após o recorde histórico de 819 mil turistas em 2019.

Em 2020, o setor perdeu mais de 600 mil turistas, uma quebra superior a 70% face ao ano anterior.

Leia Também: Feira de São Mateus em Viseu de novo cancelada por causa da pandemia

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