"Os representantes destes trabalhadores estiveram concentrados junto à EDP em protesto e para exigir a integração nos quadros da empresa para quem presta efetivamente serviço, pois estes trabalhadores são duplamente precarizados, pela EDP, onde trabalham, e pela empresa que os contrata para a prestação do serviço", disse à agência Lusa Joaquim Gervásio, dirigente da federação sindical das indústrias transformadoras (Fiequimetal) da CGTP.
Segundo o sindicalista, a EDP tem mais de 3.000 trabalhadores nas suas lojas e centros de contacto telefónico que são contratados por empresas prestadoras de serviços, embora muitos deles trabalhem para a EDP há vários anos.
A concentração de hoje, promovida pelo Sindicato das Indústrias Elétricas do Sul e Ilhas (SIESI) e pelo Sindicato dos Trabalhadores das Industrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Centro Norte (SITE CN), contou com a participação da secretária geral da CGTP, Isabel Camarinha.
Considerando que as tarefas destes trabalhadores "são imprescindíveis para a atividade da elétrica", e que muitos deles são precários há 20 anos, os sindicalistas entregaram na EDP, no final do protesto, um documento a reivindicar a integração dos mesmos nos seus quadros.
O protesto teve também um momento de sátira, com a atribuição do título de capitã da precariedade à EDP, com direito a uma taça simbólica, que foi entregue à empresa.
Entretanto, a EDP teve hoje mais uma reunião negocial com os sindicatos representativos dos seus trabalhadores sem resultados, segundo Joaquim Gervásio.
A EDP já aplicou um aumento salarial de 0,5%, mas a Fiequimetal, que não aceitou o valor, pediu a mediação da Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho, estando marcada uma reunião para dia 27.
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