Dos 200 milhões de euros para a animação turística, 100 milhões foram a fundo perdido, afirmou Rita Marques, no congresso da Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos.
Dos 120 milhões para o setor da organização de eventos, 80 milhões de euros são a fundo perdido, acrescentou.
"A nossa agenda já não é tanto a da sobrevivência, mas a da vivência", sublinhou.
A governante adiantou que, em abril, a oferta de emprego no setor do alojamento e da restauração disparou para mais de 100%, enquanto a taxa de desemprego nesta área foi de 6,6% no início de 2020 e de 7,2% já este ano.
"Foram taxas bastante inferiores às das últimas crises", apontou Rita Marques, para quem "a situação difícil já passou".
No congresso, o presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, disse que existem vários desafios para a retoma no turismo, uma vez que, com a emissão dos certificados digitais de vacinação covid-19, na Europa "há um sentimento de as pessoas quererem viajar", motivo pelo qual "há uma oportunidade de crescimento do mercado".
Para o responsável, é necessário reativar os eventos presenciais mediante a adoção de regras de segurança sanitária, e não apenas pelo digital, porque os cidadãos estão "ávidos de contactos presenciais", ainda que estejam mais seletivos.
O congresso, cujos participantes e convidados foram todos testados à covid-19 à entrada, decorre até terça-feira numa unidade hoteleira do concelho de Peniche, no distrito de Leiria.
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