A taxa de desemprego no trimestre encerrado em abril registou um aumento de 0,4 pontos percentuais face ao trimestre de novembro de 2020 até janeiro de 2021 (14,2%) e uma subida de 2,1 pontos percentuais face ao mesmo trimestre do ano passado.
A população desempregada no Brasil entre fevereiro e abril somou 14,8 milhões de pessoas, um crescimento de 3,4% face ao trimestre encerrado em janeiro de 2021. Isto significa que mais 489 mil pessoas perderam o emprego neste período de comparação.
Segundo a analista Adriana Beringuy, do IBGE, "o cenário foi de estabilidade da população ocupada (85,9 milhões de pessoas) e crescimento da população desocupada, com mais pressão sobre o mercado de trabalho".
A investigadora também frisou que o nível de pessoas com contrato de trabalho formalizado somou 48,5%, abaixo de 50% desde o trimestre encerrado em maio do ano passado, o que indica que menos de metade da população em idade para trabalhar no Brasil está ocupada no país.
O número de desempregados no maior país da América Latina cresceu 15,2% no confronto dos dados de fevereiro até abril de 2021 com o mesmo trimestre do ano passado, quando foram observados os primeiros efeitos da pandemia de covid-19.
Isto significa que 1,9 milhões de pessoas ficaram sem trabalho no Brasil na comparação ano a ano.
O IBGE também informou que a taxa de informalidade, ou seja, de trabalhadores que exercem atividades por conta própria ou sem contrato formalizado, foi de 39,8% no trimestre até abril, o que equivale a 34,2 milhões de pessoas, não havendo variação significativa em relação ao trimestre anterior (39,7%).
Há um ano, o contingente de trabalhadores sem contrato de trabalho somava 34,6 milhões de pessoas, ou seja, representava 38,8% da força de trabalho.
Os dados divulgados pelo órgão responsável pelas estatísticas do Governo brasileiro refletem o impacto da pandemia no país, que é o segundo no mundo em número de mortes por coronavírus, atrás dos Estados Unidos.
A pandemia da covid-19 provocou cerca de 515 mil mortos e 18,5 milhões de infetados no Brasil, e as medidas para sua contenção obrigaram muitas empresas a paralisar as suas operações por vários meses, o que ocasionou cortes em diversos setores da economia.
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