Brasil regista défice fiscal em maio, mas dívida cai para 84,5% do PIB
O Brasil registou em maio um défice nominal nas contas públicas de 37,4 mil milhões de reais (6,3 mil milhões de euros), informou hoje o Banco Central do país.
© Lusa
Economia Brasil
Apesar do resultado negativo, a dívida bruta brasileira caiu para 84,5% da Produto Interno Bruto (PIB) do país, totalizando 6,7 biliões de reais (1,1 biliões de euros), o que representa uma redução de 1,1 ponto percentual face a abril e o menor nível em quase um ano.
O alto valor da dívida pública do Brasil é um dos indicadores que mais preocupa as agências de classificação de risco, já que, segundo dados do Fundo Monetário Internacional, a dívida bruta de outros países emergentes não ultrapassa 50% do PIB.
Nos primeiros cinco meses do ano, o défice nominal, produto da diferença entre as receitas e despesas do setor público brasileiro e que inclui os governos central, estadual, municipal, empresas estatais e o pagamento de juros da dívida, atingiu 75 mil milhões de reais (12,7 mil milhões de euros), montante equivalente a 2,19% do PIB brasileiro.
Já no acumulado dos últimos 12 meses encerrados em maio, o défice nominal do Brasil atingiu 724,2 mil milhões de reais (123,2 mil milhões de euros), o que equivale a 9,14% do PIB, mas representa uma redução face ao défice de 827,2 mil milhões de reais (140,7 mil milhões euros) acumulado até abril passado.
O Brasil fechou o ano de 2020 com défice nominal equivalente a 13,70% do PIB, o pior resultado desde 2001 e quase o triplo do resultado negativo registado em 2019 por conta do aumento dos gastos, que coincidiu com uma retração económica de 4,1%.
Quanto ao resultado fiscal primário, que não inclui o que o Estado destina para pagar os juros da dívida pública, registou défice de 15,5 mil milhões de reais (2,6 mil milhões de euros).
Apesar do resultado mensal, o Banco Central destacou que no acumulado dos cinco primeiros meses do ano, as contas públicas registaram excedente primário de 60,3 mil milhões de reais (10,2 mil milhões de euros), o que aponta para uma lenta recuperação da economia brasileira após o colapso em 2020 devido à pandemia do novo coronavírus.
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