Em entrevista à agência Lusa, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social adiantou que o objetivo é ter a versão final da estratégia concluída até final de setembro, depois de uma proposta inicial apresentada pela comissão constituída para o efeito.
De acordo com Ana Mendes Godinho, o trabalho que está a ser feito é no sentido de apresentar uma estratégia que "seja o mais abrangente possível, para que seja o mais eficaz possível".
"Procuramos também que esta estratégia nacional de combate à pobreza seja organizada e direcionada em função de públicos-alvo para termos medidas dirigidas em função de grupos específicos onde pode fazer diferença a implementação de medidas concretas", apontou.
Nesse sentido, revelou que a estratégia inclui, por exemplo, medidas "decisivas" e que podem "fazer a diferença" no combate à pobreza infantil, que é aquela que "pode levar a quebrar os ciclos intergeracionais de pobreza".
Tem também medidas dirigidas aos jovens, aos trabalhadores ou aos públicos mais vulneráveis, além de "medidas transversais de preocupação com a coesão territorial", garantindo uma "intervenção local cada vez mais com capacidade para respostas personalizadas, localizadas no território para garantir o combate às assimetrias, até no acesso aos serviços essenciais".
Ana Mendes Godinho explicou que se está a trabalhar na versão do documento que foi apresentado pela comissão e que inclui medidas que procuram chegar a esses vários níveis de intervenção.
"Estamos também a trabalhar dentro do Governo porque as medidas de combate à pobreza perpassam toda as áreas governativas", sublinhou.
Acrescentou que esse trabalho interministerial tem como objetivo garantir que "a estratégia é o mais transversal possível para ser também o mais eficaz possível" no combate à pobreza.
De acordo com a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, posteriormente será feito um "'road show' territorialmente, em várias regiões" para ouvir e perceber quais os vários problemas e os vários desafios a nível regional, uma vez que as situações serão diferentes de território para território".
O objetivo é ter o trabalho "concluída em setembro", frisou.
Questionada sobre o orçamento destinado para a estratégia de combate à pobreza, Ana Mendes Godinho disse que ainda não existe, e que está a ser construído em função das medidas que foram propostas pela comissão e de outras que estão a ser ponderadas, de modo que seja "o mais abrangente, eficaz e pragmático possível".
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