O processo de lavagem de roupa também contribui para o aumento dos microplásticos nos oceanos, sendo que os têxteis poluem mais do que os detergentes, de acordo com uma análise da DECO Proteste. Contudo, há gestos que podem reduzir este impacto e tornar o processo mais sustentável.
"A conclusão mais importante do estudo é que a principal fonte de microplásticos nos ciclos de lavagem é a roupa e não os detergentes. À entrada da máquina, a água da rede já continha dois tipos de microplásticos, com origem nas tubagens de PVC (policloreto de vinilo) e em materiais de HDPE (polietileno de alta densidade). Já os ciclos vazios (sem detergente e sem carga) também libertaram duas partículas, que podem vir da água ou de lavagens anteriores. Porém, o número de microfibras libertadas aumentou bastante quando os têxteis foram introduzidos na máquina: de duas passaram para 43 partículas, todas elas de PET (politereftalato de etileno)", pode ler-se na análise da DECO Proteste.
Assim sendo, a DECO Proteste apresenta seis dicas que tornam o processo da embalagem mais ecológico e sustentável. Tome nota:
- Encha a máquina de lavar ao máximo, uma vez que uma carga completa provoca menos atrito entre as roupas e, como tal, menos fibras são libertadas;
- Seque a roupa ao ar livre. Se não for possível, use uma velocidade baixa, para minimizar o atrito;
- Evite lavagens longas, pois causam mais fricção. Se a roupa não estiver muito suja, escolha ciclos de lavagem curtos;
- Lavar a baixa temperatura diminui o risco de alguns tecidos se danificarem e libertarem de mais fibras;
- Evite comprar roupas sintéticas. Procure lã, algodão, linho ou outros tecidos naturais;
- Use dispositivos de retenção de fibras, como o Guppyfriend. Apesar de não eliminar totalmente a perda de fibras, é das melhores soluções no mercado. Nem todos os dispositivos à venda são eficazes.
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