Novo Banco emite 300 milhões de euros em dívida a três anos

O Novo Banco emitiu 300 milhões em dívida sénior preferencial a três anos e taxa de juro anual de 3,5% nos primeiros dois anos, adiantou a instituição financeira em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

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Lusa
13/07/2021 20:34 ‧ 13/07/2021 por Lusa

Economia

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Assim, o banco informou "que realizou hoje uma emissão de dívida sénior preferencial no valor de 300 milhões de euros, com prazo de três anos e opção de reembolso antecipado pelo banco no final de dois anos".

Segundo a instituição financeira, "as obrigações têm preço de emissão de 100% e taxa de juro anual de 3,5% nos primeiros dois anos, e Euribor a três meses acrescida de margem no ano seguinte".

O banco informou ainda que "a emissão foi colocada exclusivamente junto de investidores institucionais na sequência do 'roadshow' [apresentação] virtual nos dias 09 e 12 de julho, no qual o Novo Banco realizou reuniões com mais de 40 investidores".

Assim, a alocação final "incluiu investidores do Reino Unido (36%), Suíça (18%), Benelux (16%), França (10%) e Portugal (9%), com as gestoras de ativos a representar mais de 60%".

A instituição indicou ainda que "a liquidação ocorrerá a 23 de julho de 2021", destacando que "esta emissão sénior inaugural insere-se no plano de financiamento definido para o cumprimento dos requisitos de Minimum Requirements for own funds and Eligible Liabilities ("MREL") e irá melhorar o perfil de financiamento do Novo Banco".

Os gestores e intermediários da operação foram o Credit Suisse, Deutsche Bank, J.P. Morgan e Nomura.

O Novo Banco espera ter lucros de 154 milhões de euros em 2021, segundo o relatório de 2020 da Comissão de Acompanhamento da instituição, que diz que o resultado positivo será suportado em parte pela redução das provisões para fazer face a perdas.

De acordo com o documento a que a Lusa teve acesso, o Plano de Médio Prazo para 2021-2023, aprovado em fevereiro de 2021, prevê "que o Novo Banco apresente lucros de 154 milhões de euros em 2021 (apesar das dúvidas sobre o impacto do fim das moratórias), de 279 milhões de euros em 2022 e de 288 milhões de euros em 2023, "pondo termo a um ciclo longo de enormes prejuízos e perdas de fundos próprios".

Segundo a mesma comissão, este cenário "será em parte viabilizado pela prevista descida das provisões líquidas", que passam de 1.199 milhões de euros em 2020 para 209 milhões de euros em 2021, 122 milhões de euros em 2022 e 119 milhões de euros em 2023.

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