Inflação na China abranda em dezembro e encerra 2024 com aumento de 0,2%

O índice de preços no consumidor (IPC) na China continuou a abrandar em dezembro para 0,1%, fixando a subida acumulada no ano de 2024 em 0,2%, e acentuando as pressões deflacionistas na segunda maior economia do mundo.

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Lusa
09/01/2025 04:04 ‧ há 13 horas por Lusa

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O valor de dezembro é inferior em uma décima ao do mês anterior (0,2%), mas cumpre as previsões da maioria dos analistas, enquanto o acumulado de 2024 está exatamente ao mesmo nível do ano anterior, de acordo com os dados revelados hoje pelo Gabinete Nacional de Estatística (NBS, na sigla em inglês) do país asiático.

 

Enquanto a variação homóloga de 0,1% é a mais baixa desde março, na comparação mensal os preços mantiveram-se ao mesmo nível de novembro, mês em que caíram 0,6% em relação a outubro.

A economia chinesa permanece à beira da deflação há mais de um ano, indicando que a recuperação nos gastos não se materializou, depois de as autoridades terem abolido a política de zero casos de covid-19, no início de 2023.

A pressão deflacionista está a empurrar os rendimentos das obrigações para mínimos históricos. O rendimento das obrigações do Tesouro da China a 10 anos tem oscilado em torno de mínimos históricos desde o início do ano, o que, segundo os analistas, reflecte as expectativas dos investidores quanto a uma perspetiva de baixo crescimento e deflação para a economia.

A deflação consiste numa queda dos preços ao longo do tempo, por oposição a uma subida (inflação). O fenómeno reflete debilidade no consumo doméstico e investimento e é particularmente gravoso, já que uma queda no preço dos ativos, por norma contraídos com recurso a crédito, gera um desequilíbrio entre o valor dos empréstimos e as garantias bancárias.

O funcionário do gabinete de estatística do NBS, Dong Lijuan, atribuiu a evolução dos preços ao equilíbrio entre a subida do preço dos bilhetes de avião e dos serviços de viagem, devido à proximidade do Ano Novo Lunar, e a descida do preço dos legumes e frutas devido ao bom tempo, que facilitou a produção, o armazenamento e o transporte.

O responsável destacou ainda que a carne de porco, principal fonte de proteína animal na dieta chinesa, reduziu a sua queda de preço devido à recusa dos produtores em vender enquanto continuam a engordar os seus porcos em preparação para a época alta que marca o Ano Novo Lunar, a principal época festiva no país asiático.

Dong quis sublinhar que a inflação de base - uma medida que elimina o efeito dos preços dos alimentos e da energia devido à sua volatilidade - subiu 0,4%, em termos homólogos, mais 0,1% do que no mês anterior.

Os dados do NBS indicaram também que o índice de preços no produtor (PPI), que mede os preços industriais, reduziu a sua queda de 2,5% para 2,3% em dezembro, fixando a contração no conjunto do ano em 2,2%. Este indicador está em território deflacionário há 28 meses, contabilizando dezembro. 

Leia Também: Pequim descreve como discriminatórias barreiras comerciais da UE

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