"O resultado líquido no semestre atingiu -8,5 milhões de euros, melhorando de forma expressiva face aos -14,4 milhões de euros verificados no período homólogo de 2020", refere a Media Capital, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) na quarta-feira à noite.
Entre janeiro e junho, os rendimentos operacionais ascenderam a 72,8 milhões de euros, "o que representa um crescimento de 32%" face a igual período do ano passado.
O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) do grupo, ajustado de gastos com provisões e reestruturações, atingiu os dois milhões de euros negativos, uma melhoria face aos 9,9 milhões de euros negativos um ano antes.
O EBITDA atingiu 4,4 milhões de euros negativos no semestre, o que compara com 11,2 milhões de euros negativos no período homólogo.
Os rendimentos operacionais de publicidade do grupo ascenderam a 49,9 milhões de euros no primeiro semestre, um crescimento homólogo de 34%.
"Este crescimento é suportado não só pela recuperação do mercado publicitário, mas também pela forte dinâmica de recuperação das audiências por parte da televisão", refere a Media Capital.
"Os valores de investimento publicitário nos mercados de televisão em sinal aberto, cabo e digital apresentam uma tendência de convergência para os valores pré-pandemia, sendo que no caso do digital a tendência é até de superação", adianta, apontando que, "no caso do mercado das rádios, assiste-se a uma maior resistência da retoma nos valores de investimento, que continuam consideravelmente inferiores aos pré-pandémicos".
No segmento de televisão, a publicidade "registou uma variação positiva de 37%, por via dos fatores conjugados de recuperação do mercado e da melhoria do nível de audiências do canal", enquanto na rádio e entretenimento "o crescimento foi de 13%, enquanto que no segmento outros (que inclui as áreas do digital, assim como a 'holding' e os serviços partilhados do grupo), este atingiu os 77%, um valor de crescimento muito significativo".
Os canais TVI registaram uma subida de 33% dos rendimentos para 61,4 milhões de euros, no segmento produção audiovisual o crescimento foi de 48% (16,4 milhões de euros), na rádio e entretenimento estes cresceram 17% (7,3 milhões de euros) e os outros registaram um aumento de 23% (8,5 milhões de euros).
Os gastos operacionais da Media Capital, excluindo amortizações, depreciações, gastos com provisões e reestruturações, "registaram um acréscimo de 15% nos primeiros seis meses de 2021, passando de 65,2 milhões de euros no primeiro semestre de 2020, para 74,8 milhões de euros", lê-se no documento.
No final de junho, a dívida líquida da Media Capital ascendia a 85,6 milhões de euros, menos 8% do que um ano antes (menos 7,9 milhões de euros).
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