"Com a renovação das relações com o FMI, a Guiné-Bissau tem agora uma janela de oportunidade para aplicar reformas fundamentais, que visam a redução dos grandes desequilíbrios macroeconómicos e lançar as bases rumo a um crescimento inclusivo", refere o comunicado.
O objetivo do atual programa é "construir um historial sólido" para a obtenção de uma Facilidade de Crédito Alargado, em 2022.
Segundo o FMI, os efeitos da pandemia provocada pela covid-19 afetaram "profundamente" a Guiné-Bissau ao nível da atividade económica, provocando uma "deterioração da sua posição externa e orçamental".
"A prioridade imediata das autoridades é limitar o impacto da pandemia e preservar a estabilidade macroeconómica e financeira", afirma o FMI, salientando que as despesas de saúde aumentaram, o que exigiu apoio financeiro da comunidade internacional.
Em janeiro, foi aprovada uma Linha de Crédito Rápido para a Guiné-Bissau.
O FMI refere também que desde o início do ano as autoridades puseram em prática um "ambicioso programa de consolidação orçamental destinado a garantir a sustentabilidade da dívida e ao mesmo tempo dar resposta às vastas necessidades de desenvolvimento do país".
"As autoridades também estão empenhadas em prosseguir com a sua agenda de reformas. Continuam igualmente empenhadas em reforçar a governação orçamental e a transparência para assegurar que as dotações orçamentais de emergência sejam gastas de forma adequada", acrescenta.
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