O Governo gastou mais em apoios dirigidos às famílias e empresas, no âmbito da pandemia, nos primeiros seis meses deste ano do que no total de 2020, de acordo com os dados da execução orçamental, divulgados na segunda-feira.
"A despesa do semestre com medidas extraordinárias de apoio às empresas e famílias atingiu os 3.805 milhões de euros, ultrapassando o valor executado em todo o ano 2020 (3.546 milhões de euros)", pode ler-se no comunicado do Ministério das Finanças.
A tutela detalha que os apoios a cargo da Segurança Social ascenderam a 1.323 milhões de euros, "ultrapassando significativamente o valor orçamentado para 2021 (776 milhões de euros) e representando cerca de 82% do total executado em todo o ano de 2020".
As Finanças destacam os apoios ao emprego (795 milhões de euros), os apoios extraordinários ao rendimento dos trabalhadores (313 milhões de euros) e os subsídios por doença e isolamento profilático (127 milhões de euros).
O défice das contas públicas agravou-se para 7.060 milhões de euros no primeiro semestre, mais 150 milhões de euros no período homólogo, impactado pela terceira vaga da pandemia, de acordo com o gabinete de João Leão.
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