"Em junho de 2021, as exportações e as importações de bens registaram variações homólogas nominais de +21,4% e +29,4%, respetivamente", referiu o INE, destacando que "face a junho de 2019, verificaram-se variações de +8,4% e +0,8%".
A instituição destacou "os acréscimos nas exportações e importações de fornecimentos industriais (+38,3% e +46,6%, respetivamente; +17,9% e +28,6% face a junho de 2019)", recordando que "estas variações homólogas, em junho, incidem sobre um mês de 2020 em que o impacto da pandemia covid-19 se fez sentir de forma muito intensa".
Na mesma nota, o INE indicou que "excluindo combustíveis e lubrificantes, em junho de 2021 registou-se um aumento de 17,6% nas exportações e de 24,0% nas importações, em termos homólogos (+49,1% e +42,2% em maio de 2021, respetivamente)", sendo que "face a junho de 2019, registaram-se acréscimos de 8,0% e 4,1%, respetivamente".
Já relativamente ao mês anterior, "em junho de 2021 as exportações e as importações diminuíram 3,1% e 0,2%, respetivamente (-0,3% e +0,4%, pela mesma ordem, em maio de 2021)".
O INE destacou, "em ambos os fluxos" o crescimento nos fornecimentos industriais (+5,4% nas exportações e +10,4% nas importações) e nas máquinas e outros bens de capital (+10,7% e +4,6%, respetivamente) e a queda no material de transporte (-9,7% e -33,2%, pela mesma ordem)".
De acordo com o instituto, "o défice da balança comercial de bens aumentou 609 milhões de euros face ao mês homólogo de 2020 (diminuiu 347 milhões de euros em relação a junho de 2019), atingindo 1.523 milhões de euros em junho de 2021", sendo que "excluindo combustíveis e lubrificantes, o défice atingiu 1.198 milhões de euros", revelou o INE.
O instituto referiu ainda que "no 2.º trimestre de 2021, as exportações de bens aumentaram 49,0% e as importações 46,7% em relação ao mesmo período de 2020 (+51,6% e +39,3%, pela mesma ordem, no trimestre terminado em maio de 2021)".
Paralelamente, em comparação com o segundo trimestre de 2019, "as exportações aumentaram 2,9% e as importações diminuíram 2,9%", referiu o INE.
Estes resultados, que refletem a inclusão de nova informação, "reveem 0,1 p.p. [pontos percentuais] em baixa a taxa de variação homóloga das exportações e 0,4 p.p. em alta a taxa de variação homóloga das importações do 2.º trimestre de 2021 apresentadas na estimativa rápida trimestral", salientou o instituto.
No comunicado, o INE destacou ainda o comportamento do segmento de produtos florestais, atendendo ao peso que têm no comércio internacional de bens, de 8,7% das exportações e 3,4% das importações em 2020.
Assim, as exportações e importações neste segmento "aumentaram 16,6% e 9,7%, respetivamente, no primeiro semestre de 2021 após os decréscimos registados em 2020, tendo já ultrapassado em 1,7% e em 0,9%, respetivamente, os níveis do primeiro semestre de 2019".