De acordo com o relatório de maio de 2021 do INPS -- que atualizou igualmente os dados dos meses anteriores -, Cabo Verde tinha naquele mês, ao fim de um ano de efeitos económicos provocados pela pandemia, 412 trabalhadores a beneficiar do subsídio de desemprego.
Desse total, 222 eram mulheres e a ilha do Sal continuava a ser a mais afetada, com mais de metade (261) dos trabalhadores a receber subsídio de desemprego no arquipélago, sendo também a mais turística do país, setor que está praticamente parado desde o início da pandemia de covid-19.
O registo de 412 trabalhadores com subsídios de desemprego em abril de 2021 (484 em abril e 334 em março) compara com os 1.073 em maio de 2020, já com os primeiros efeitos económicos da pandemia, registo que subiria ainda até ao pico de 1.253 em julho também do ano passado.
Nos primeiros cinco meses de 2021, o INPS gastou 33,8 milhões de escudos (305 mil euros) com a atribuição de subsídios de desemprego.
Mais de 40% dos trabalhadores que perderam o emprego em Cabo Verde em 2020, durante a pandemia de covid-19, são da ilha do Sal, segundo dados anteriores do INPS sobre as medidas de mitigação da pandemia.
De acordo com os mesmos dados, de 01 de abril a 31 de dezembro de 2020 foram atribuídos 1.947 subsídios de desemprego em todo o arquipélago, no valor global de quase 110 milhões de escudos (um milhão de euros).
Desse total, 810 subsídios de desemprego foram atribuídos na ilha do Sal (41,6%), fruto da ausência de turismo, devido às restrições impostas com a pandemia de covid-19.
O Produto Interno Bruto (PIB) de Cabo Verde depende em 25% do turismo, com um recorde de 819 mil turistas em 2019, mas parado desde a pandemia, provocando uma queda superior a 60% durante o ano de 2020.
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