As autoridades têm sido particularmente intransigentes, nos últimos meses, com o setor da Internet.
Vários gigantes do setor foram multados por práticas até então toleradas e generalizadas, principalmente em questões de dados pessoais, concorrência e direitos do utilizador.
Pequim estendeu já a sua campanha de "retificação" a outros setores, incluindo as indústrias emergentes de aulas particulares de acompanhamento ou das entregas ao domicílio.
As medidas fizeram com que as ações de dezenas de empresas chinesas afundassem nas praças financeiras de Hong Kong e dos Estados Unidos.
No documento que apresenta as principais orientações até 2025, o Governo chinês pediu que a "aplicação da lei seja fortalecida em áreas-chave" da economia. Isto inclui saúde, serviços financeiros, educação e transporte.
"Quem infringir a lei terá que pagar o preço", lê-se no documento, que sugere um sistema de "recompensa" para os denunciantes.
As diretrizes devem permitir o "desenvolvimento saudável" de novos setores da economia, como a inteligência digital ou a inteligência artificial, com "boas leis e boa governação".
Isto sugere que o aperto regulatório na China está "destinado a prolongar-se", disse o analista Ken Cheung, do Bank Mizuho.
Com regulações mais rígidas, os investidores estrangeiros terão que "reavaliar" as perspetivas para o país asiático, alertou Cheung.
Essas orientações pesaram hoje sobre os mercados de ações chineses.
O índice Hang Seng, de Hong Kong, perdeu 0,53%, enquanto a bolsa de Xangai encerrou com uma queda de 0,22%.
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