Na estimativa rápida conhecida em 30 de julho, ainda sem os dados detalhados que serão hoje conhecidos, a autoridade estatística nacional indicou que o PIB registou um crescimento de 4,9% no segundo trimestre face ao primeiro, e de 15,5% face ao mesmo período do ano passado.
A variação homóloga estimada de 15,5% para o segundo trimestre -- valor que o INE irá hoje confirmar ou rever - compara com a variação de -5,3% observada no trimestre anterior.
Segundo o INE, "esta evolução é influenciada por um efeito base, uma vez que as restrições sobre a atividade económica em consequência da pandemia se fizeram sentir de forma mais intensa nos primeiros dois meses do segundo trimestre de 2020, conduzindo então a uma contração sem precedente da atividade económica".
Para os números do segundo trimestre, realçou ainda o INE na sua estimativa rápida a 30 dias, "o contributo positivo da procura interna para a variação homóloga do PIB acentuou-se e o contributo da procura externa líquida foi menos negativo", algo que traduz "sobretudo o aumento mais significativo das Exportações de Bens".
O PIB registou uma contração de 7,6% em 2020, esperando o Governo que a economia cresça 4,0% no conjunto deste ano, um desempenho inferior aos 4,8% projetados pelo Banco de Portugal, mas mais otimista do que o das restantes entidades que fazem projeções para a economia portuguesa.
Para o Conselho de Finanças Públicas (CFP), o PIB deverá crescer este ano 3,3%, enquanto o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Comissão Europeia apontam para 3,9% e a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) antecipa 3,7%.
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