China ordena que plataformas de transporte partilhado corrijam práticas

Os reguladores chineses ordenaram hoje que os serviços de transporte partilhado corrijam práticas de mercado injustas, numa altura em que uma campanha regulatória sobre o setor assustou investidores e afetou as ações das tecnológicas da China.

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Lusa
02/09/2021 13:33 ‧ 02/09/2021 por Lusa

Economia

Governo

O Ministério dos Transportes e a Administração do Ciberespaço da China, entre outros reguladores, ordenaram que onze daquelas plataformas impeçam táticas e práticas de concorrência desleal, como o recrutamento de motoristas não licenciados, de acordo com um comunicado publicado hoje.

A indústria é liderada por empresas como a Didi Global e Meituan, e emprega milhões de motoristas. As plataformas frequentemente lutam entre si para aumentar a participação de mercado, oferecendo aos passageiros e motoristas descontos e incentivos.

O Governo chinês expressou preocupação com a exploração destes trabalhadores, já que muitas vezes trabalham longos dias e não têm acesso a benefícios sociais básicos.

O sindicato estatal da China, em julho, pediu uma melhor proteção dos direitos laborais e incentivou os trabalhadores a formarem sindicatos para aumentarem a proteção.

O grupo Didi tem quase 90% do mercado na China, mas os reguladores estão a investigar alegadas violações da privacidade de dados.

A competição entre os rivais intensificou-se à medida que outras plataformas tentam conquistar clientes, face à investigação sobre o Didi.

As onze empresas foram instruídas a inspecionar as suas próprias práticas de negócios, formar um plano de conformidade e corrigir quaisquer problemas, até ao final do ano, para "promover o desenvolvimento saudável e sustentável" da indústria.

As autoridades chinesas têm, nos últimos meses, visado setores como o comércio eletrónico e o ensino de acompanhamento, após anos de rápido crescimento no setor da tecnologia.

A campanha regulatória levou a fortes perdas nas ações dos grupos de tecnologia da China que negoceiam nas praças financeiras de Hong Kong e Nova Iorque.

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