O Ministério dos Transportes e a Administração do Ciberespaço da China, entre outros reguladores, ordenaram que onze daquelas plataformas impeçam táticas e práticas de concorrência desleal, como o recrutamento de motoristas não licenciados, de acordo com um comunicado publicado hoje.
A indústria é liderada por empresas como a Didi Global e Meituan, e emprega milhões de motoristas. As plataformas frequentemente lutam entre si para aumentar a participação de mercado, oferecendo aos passageiros e motoristas descontos e incentivos.
O Governo chinês expressou preocupação com a exploração destes trabalhadores, já que muitas vezes trabalham longos dias e não têm acesso a benefícios sociais básicos.
O sindicato estatal da China, em julho, pediu uma melhor proteção dos direitos laborais e incentivou os trabalhadores a formarem sindicatos para aumentarem a proteção.
O grupo Didi tem quase 90% do mercado na China, mas os reguladores estão a investigar alegadas violações da privacidade de dados.
A competição entre os rivais intensificou-se à medida que outras plataformas tentam conquistar clientes, face à investigação sobre o Didi.
As onze empresas foram instruídas a inspecionar as suas próprias práticas de negócios, formar um plano de conformidade e corrigir quaisquer problemas, até ao final do ano, para "promover o desenvolvimento saudável e sustentável" da indústria.
As autoridades chinesas têm, nos últimos meses, visado setores como o comércio eletrónico e o ensino de acompanhamento, após anos de rápido crescimento no setor da tecnologia.
A campanha regulatória levou a fortes perdas nas ações dos grupos de tecnologia da China que negoceiam nas praças financeiras de Hong Kong e Nova Iorque.
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