As ofertas de emprego recuaram entre janeiro do ano passado e maio de 2021 devido à pandemia e aos dois confinamentos para conter a propagação da Covid-19. Abril de 2020 foi o mês mais penalizado, de acordo com um estudo da Fundação José Neves.
"Neste período, o mês com menos ofertas de emprego foi abril de 2020, correspondente ao aparecimento da pandemia e ao primeiro mês completo passado em confinamento. Nesse mês, as ofertas de emprego correspondem a 40% das ofertas de janeiro do mesmo ano", de acordo com o mesmo estudo.
Contudo, esta tendência inverteu-se logo nos meses seguintes até julho, "com um aumento de ofertas consistente".
Depois de setembro, "seguiu-se uma forte quebra até dezembro, sendo este o segundo mês com menos ofertas em 2020 – mesmo assim com 45% mais ofertas do que em abril".
A entrada em 2021 trouxe um novo confinamento e janeiro até registou um aumento de 48% das ofertas de emprego face a dezembro de 2020, mas a recuperação foi invertida.
"Em fevereiro de 2021, as ofertas voltaram a cair, para 27% das registadas no mês anterior (janeiro). Com o fim do confinamento, as ofertas recuperaram em março e abril e voltaram a cair ligeiramente em maio de 2021", pode ler-se no mesmo estudo.
Profissões pouco qualificadas com queda mais pronunciada
Entre janeiro e fevereiro de 2021 as ofertas de emprego caíram 25% face ao período homólogo. Contudo, "a queda não foi uniforme em todas as áreas, tendo sido mais acentuada (superior a 80%) em profissões pouco qualificadas e relacionadas sobretudo com o setor dos serviços". Cabeleireiros, esteticista e similares, cozinheiros, empregados de mesa, motoristas de automóveis e entre outros são alguns dos exemplos.
Por outro lado, verificou-se um aumento da procura relativamente às seguintes profissões: enfermeiro, especialista em relações públicas, diretor de indústrias transformadoras, engenheiro industrial e de produção e entre outros.
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