"Os colaboradores da NOS regressaram aos escritórios no dia 06 de setembro, num modelo que conjuga dois dias de trabalho presencial semanal com trabalho remoto, de forma rotativa para garantia das regras de segurança que ainda se impõem", disse a diretora de recursos humanos da operadora, Isabel Borgas, à Lusa.
"As pessoas estão organizadas em diferentes grupos de trabalho, distribuídos ao longo dos dias da semana, o que permite controlar a lotação dos edifícios, manter a distância de segurança recomendada e, ao mesmo tempo, promover a interação e o trabalho em equipa", explicou a responsável, salientando que "não há lugares fixos atribuídos aos colaboradores, sendo os postos de trabalho usados em regime de 'hot desking'".
As garagens, disse, "estarão abertas a todos os colaboradores até à sua capacidade máxima, mantendo-se a flexibilidade nos horários de entrada e saída para evitar a concentração de pessoas nos transportes públicos e no acesso aos edifícios" e "mantêm-se ainda em vigor todas as iniciativas relacionadas com o reforço da limpeza nos edifícios e alterações no sistema de ventilação dos mesmos".
A NOS "vê os escritórios como laboratórios vivos de inovação e cocriação, onde se desenvolvem relações de proximidade que são essenciais para o equilíbrio individual de cada um" e, por isso, "trabalhámos numa solução que se adapta à atual fase da pandemia, mas que é flexível para poder evoluir", salientou Isabel Borgas, em vésperas de algumas das medidas de restrições à covid-19 serem aliviadas.
"Para a NOS, o mais importante foi garantir, desde já, que os colaboradores pudessem voltar a estar juntos, em total segurança", rematou Isabel Borgas.
Por sua vez, fonte oficial da Altice Portugal disse à Lusa que o regresso aos escritórios "decorrerá a partir do próximo dia 20 de setembro", ou seja, já na segunda-feira, "de modo a garantir que a partir de 01 de outubro todos os colaboradores se encontram em escala de trabalho rotativo e com equipas em espelho, adotando, portanto, um modelo híbrido de trabalho presencial-remoto".
Fonte da dona da Meo referiu que "este processo terá em conta todas as orientações e recomendações emanadas pelas entidades competentes, nomeadamente pela DGS [Direção Geral de Saúde] e pelo Governo".
A Altice Portugal salientou que, "de forma a garantir a segurança de todos os colaboradores", irá continuar a "praticar horários flexíveis, permitindo o desfasamento das deslocações ao escritório, sobretudo no que respeita à ocupação dos transportes públicos".
Além disso, a dona da Meo "mantém um desconto significativo para colaboradores nos pacotes de telecomunicações e assegura a disponibilização das ferramentas necessárias para o desempenho das suas funções em regime de teletrabalho, como computadores, telemóveis, serviços com acesso à Internet e acesso à VPN corporativa, garantindo assim todas condições técnicas para o exercício de trabalho remoto".
A empresa refere ainda que "não exige qualquer certificado de vacinação aos seus colaboradores, fornecedores, clientes ou visitantes que se desloquem às suas instalações".
Já no grupo Vodafone, o regresso ao escritório começa no dia 27 de setembro.
"Depois de um ano e meio em teletrabalho, a quase totalidade dos colaboradores Vodafone que permanecia a trabalhar a partir de casa vai regressar ao escritório já a partir do próximo dia 27 num modelo híbrido, ou seja, dividido entre trabalho remoto (60%) e trabalho presencial (40%)", disse a administradora com o pelouro dos recursos humanos, Luísa Pestana, à Lusa.
"Alicerçado em pilares de confiança e autonomia, a principal preocupação da Vodafone ao desenhar este modelo foi garantir um bom equilíbrio entre a presença no escritório e o teletrabalho, assumindo-se uma maior flexibilidade face às mudanças que se verificaram na sociedade desde o início desta pandemia", acrescentou.
Nesse sentido, "não há dias fixos no escritório, dando-se a liberdade aos colaboradores para que possam escolher, semana a semana, em que dias querem ficar a trabalhar em casa ou se preferem o trabalho presencial", explicou Luísa Pestana.
"A presença no escritório será alvo de um registo prévio numa plataforma digital interna por parte de cada colaborador, de forma a garantir que a taxa de ocupação dos espaços de trabalho não ultrapassa os 50%, não só para respeitar as regras de segurança da Direção Geral de Saúde, mas também porque a mudança disruptiva que estamos a viver obriga a que transformemos o propósito de utilização dos espaços amplos e abertos de postos de trabalho individuais para zonas de trabalho colaborativo, facilitando a interação no mesmo espaço entre equipas multidisciplinares", sublinhou.
A Vodafone tem "em curso" um programa de adaptação dos espaços de escritório, "com a criação, alteração ou ampliação de espaços específicos para: colaboração (espaços sem monitores individuais, com sistema de projeção coletiva e quadros de escrita), concentração (postos de trabalho tradicionais com um monitor) e reuniões".
Leia Também: Covid-19: Austrália abranda restrições em Sidney