Apesar da grave crise em que está mergulhada, o presidente da Evergrande acredita que a gigante do imobiliário vai “sair da escuridão em breve”. Foi isso que transmitiu aos mais de 120 mil funcionários da empresa chinesa numa carta enviada esta terça-feira, de acordo com o Business Insider.
Na missiva, Xu Jiayin reconhece que a Evergrande enfrenta “dificuldades colossais e sem precedentes”.
Apelando à união dos trabalhadores e frisando a sua crença de que os funcionários da empresa “tornam-se mais fortes perante a adversidade”, o presidente da Evergrande refere que eles são “a principal fonte do poder que temos para superar todas as dificuldades e vencer esta guerra”.
“Se estivermos unidos, conseguimos mover montanhas!”, vincou Xu Jiayin.
A Evergrande tem uma dívida de mais de 260 mil milhões de euros, mais do que qualquer outra empresa no mundo, segundo o Markets Insider.
A situação da Evergrande agravou-se quando em janeiro o governo chinês impôs novas regras para tentar controlar a dívida de construtores e promotores imobiliários, tendo a empresa sido incapaz de pagar os juros das suas dívidas.
Esta incerteza fez com que as ações da Evergrande dessem um trambolhão de cerca de 85% só este ano e a empresa sediada em Shenzhen está agora à beira do colapso.
Os analistas já estão a dizer que a Evergrande é a Lehman Brothers da China, numa alusão ao banco de investimento dos Estados Unidos cuja falência em 2008 espoletou uma crise financeira global.
O possível colapso da Evergrande já se está a refletir nos mercados internacionais. O Dow Jones, um dos principais índice da bolsa de Nova Iorque, caiu mais de 700 pontos esta segunda-feira.
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