Depois de analisar as exposições à Evergrande pelos seis maiores fundos de obrigações de alto rendimento na Ásia, a Morningstar assinalou que aquelas três instituições estiveram a "acumular" dívida da Evergrande nos últimos meses.
A Blackrock, a maior sociedade gestora de investimentos do mundo, investiu 31,3 milhões de dólares (26,7 milhões de euros) na Evergrande entre janeiro e agosto deste ano, mas o seu impacto é reduzido, pela presença escassa nos ativos desta gestora de investimentos, cujo valor ronda os 10 biliões (milhão de milhões) de dólares.
O fundo de obrigações de alto rendimento da Ásia do HSBC aumentou em 40% a sua posição na Evergrande entre janeiro e julho, último mês sobre o qual a Morningstar tem elementos, altura em que o conglomerado chinês valia 1,22% da carteira de investimentos.
Sobre a UBS, apenas se sabe que elevou a sua aposta na Evergrande em 25% até maio.
Ao contrário, as outras detentoras de obrigações da Evergrande - Fidelity, PIMCO e Allianz -- alienaram quantidades elevadas de títulos entre janeiro e julho, contribuindo para a tendência descendente na exposição ao promotor imobiliário.
A Evergrande anunciou hoje que vai pagar juros de umas obrigações denominadas em yuans, no montante de 36 milhões de dólares, mas não avançou se vai fazer o mesmo com outras obrigações, emitidas em dólares, cujo pago de pagamento de juros, que ascendem a 84 milhões de dólares, também expira hoje.
A Evergrande tem pela frente o vencimento de obrigações no montante de 37 mil milhões de dólares antes do final do primeiro semestre de 2022, uma pequena parte do seu passivo total, que ronda os 300 mil milhões de dólares.
O The Wall Street Journal noticiou hoje que o governo chinês parece estar sem vontade de resgatar a empresa e está a pedir às autoridades locais do país que se preparem para "uma possível tormenta".
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