Em causa está uma recomendação hoje aprovada na reunião daquela comissão parlamentar -- com 46 votos a favor, seis contra e cinco abstenções --, que dá então aval à proposta do Conselho da União Europeia (UE) para Verena Ross presidir à ESMA, anunciou a assembleia europeia.
Para este aval -- que acontece após uma audição da alemã em sede de comissão -- ser definitivo, falta apenas a votação final em plenário no Parlamento Europeu.
Entre as questões dos eurodeputados durante a audição está como Verena Ross pretende lidar com questões como finanças e ativos digitais, bem como com a consolidação dos mercados de capitais da UE e com a cibersegurança.
Na semana passada, os representantes permanentes dos Estados-membros junto da UE chegaram a "acordo sobre a nomeação de Verena Ross para presidente da ESMA", indicou à agência Lusa na altura fonte da presidência eslovena do Conselho, acrescentando que "não houve discussão e a votação foi secreta".
A presidência do Conselho de Administração da ESMA está num impasse político de meses, desde abril, devido a um bloqueio nas discussões entre os países.
Verena Ross foi, até junho passado e durante 10 anos, diretora executiva da ESMA, após ter desempenhado funções como diretora da Divisão Internacional da Autoridade de Serviços Financeiros do Reino Unido e como membro do comité executivo dessa entidade britânica.
A alemã começou a sua carreira no Banco de Inglaterra, onde trabalhou como economista e depois como supervisora bancária.
Além da especialista em regulação financeira, outro dos nomes apontados era o do italiano Carmine di Noia, tendo-se chegado ainda a falar do nome da antiga ministra portuguesa das Finanças, Maria Luís Albuquerque, que porém não constava da lista que chegou ao Conselho.
Criada em 2011 e sediada em Paris, a ESMA é uma das três autoridades que compõem o Sistema Europeu de Supervisão Financeira e tem como missão o reforço e a proteção dos investidores e promover a estabilidade e o bom funcionamento dos mercados financeiros.
É uma autoridade europeia independente, que estabelece um conjunto único de regras para os mercados financeiros da UE garantindo a sua aplicação coerente em toda a União.
É ainda responsável pela coordenação das medidas tomadas pelas autoridades de supervisão dos valores mobiliários e pela adoção de medidas de urgência quando ocorre uma situação de crise.
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