Em declarações aos jornalistas, à margem do anúncio da parceria, em Luanda, o presidente executivo da Refriango, Diogo Caldas, afirmou que o objetivo é atingir uma quota de 5% e uma produção de cerca de 30 milhões de litros em dois ou três anos.
O acordo marca o regresso a Angola das duas marcas do grupo Super Bock, que chegou a exportar mais de 100 milhões de litros por ano para o país africano e tinha a intenção de construir uma fábrica de cerveja, projeto que abandonou em 2019, invocando as vendas residuais no mercado devido à crise financeira e económica no país.
Manuel Violas, 'chairman' do Super Bock Group e líder da Violas SGPS, adiantou que "este é o momento perfeito" e "faz todo o sentido" reentrar agora em Angola, depois de encontrar um parceiro "com capacidade e vontade de levar o projeto em frente", que permitiu ultrapassar o insucesso inicial.
O responsável do Super Bock Group admite que será "bem mais dificl" nas atuais circunstâncias atingir os 140 milhões de litros de cerveja portuguesa que eram exportados para Angola em 2009, mas mostrou-se confiante na parceria com a Refriango.
Diogo Caldas salientou o peso da categoria de cervejas na Refriango -- que produz também a marca Tigra -- e explicou que o investimento inicial envolve, além do licenciamento, aquisição de vasilhame, grades e garrafas de vidro entre outros equipamentos para produzir as cervejas.
As cervejas Super Bock e Cristal destinam-se a um segmento premium e deverão ter um preço ligeiramente acima do custo médio da cerveja angolana (125 a 150 kwanzas, ou seja, 18 a 21 cêntimos).
Leia Também: Sindicato dos médicos angolanos é favorável à vacinação obrigatória