O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, disse esta terça-feira que a proposta do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) traz um "esforço conjugado" para as empresas, que inclui os fundos europeus e o incentivo fiscal ao investimento. Isto, depois de os patrões terem já feito saber que consideram que o OE2022 fica aquém das expectativas.
"Estamos, ao mesmo tempo, a fazer um reforço muito significativo dos incentivos financeiros às empresas com fundos europeus e vamos conjugar isso com o incentivo fiscal ao investimento das empresas, porque precisamos não apenas de transferir capital para as empresas através de fundos europeus, mas também apoiar as empresas", disse o ministro, em declarações transmitidas pela SIC Notícias. "É um esforço conjugado para que, através do maior investimento, possamos capacitar as empresas a continuar a crescer nos próximos anos", acrescentou.
A proposta do OE2022 ficou "aquém das expectativas" da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), que lamenta o "esforço muito pequeno" e "tímido" do Governo para apoiar a retoma das empresas no pós-pandemia.
Questionado sobre se a porta para negociar está aberta, Siza Vieira disse que "é um caminho que temos que fazer com muito cuidado", apontando para os elevados níveis da dívida pública.
Questionado sobre o aumento dos custos da energia, Siza Vieira disse que "da parte dos custos da eletricidade, estamos em condições de dizer às pessoas que no mercado regulado as tarifas de energia elétrica não vão aumentar no próximo ano".
Relativamente aos combustíveis, o ministro da Economia acredita que o preço do petróleo vai continuar a aumentar nos próximos anos. "A única maneira de, a curto prazo, conseguirmos reduzir esta nossa dependência do exterior e melhorar a nossa qualidade ambiental é assegurar este caminho da transição energética", apontou.
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