"Embora apenas 0,3% da dotação da Fundação Ford seja diretamente investida em empresas de combustíveis fósseis, levamos a sério as nossas obrigações como fiduciários e estamos cientes de que, se colocarmos restrições nos nossos investimentos, podemos abrir mão de algum retorno para as gerações futuras", disse o presidente da Fundação Ford, Darren Walker, em comunicado publicado segunda-feira no site da organização.
No futuro, adiantou, a fundação diz que investirá em energias alternativas e renováveis e fundos que "enfrentem a ameaça das mudanças climáticas e apoiem a transição para uma economia verde".
Além de investimentos diretos, a fundação diz que também possui outros investimentos em fundos com participações em combustíveis fósseis, que representam menos de 3% do seu património, e "terminarão quando essas parcerias forem liquidadas".
O anúncio da organização - que tem uma doação de 16 mil milhões de dólares (13,8 mil milhões de euros) - acontece em vésperas da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, marcada para Glasgow, na Escócia, no final deste mês.
Nos últimos anos, ativistas do clima vêm pressionando instituições como a Ford para acabar com os seus investimentos em empresas envolvidas na produção de combustíveis fósseis - carvão, petróleo e gás natural.
No mês passado, a Fundação MacArthur, outra entidade dominante no mundo da filantropia, e a Universidade de Harvard anunciaram que suas instituições encerrariam os investimentos em empresas relacionadas com combustíveis fósseis.
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