PIB sobe 4,2% no 3.º trimestre face a 2020 e 2,9% em cadeia

O INE divulgou hoje que o PIB cresceu 4,2% durante o terceiro trimestre, em termos homólogos, num período em que a economia portuguesa prosseguiu o processo de desconfinamento, acompanhando a evolução da vacinação contra a Covid-19.

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Beatriz Vasconcelos
29/10/2021 09:30 ‧ 29/10/2021 por Beatriz Vasconcelos

Economia

PIB

O produto interno bruto (PIB) subiu 4,2% no 3.º trimestre de 2021 em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com os dados divulgados, esta sexta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Em cadeia, ou seja, face ao segundo trimestre o PIB cresceu 2,9%. 

"O PIB, em termos reais, registou uma variação homóloga de 4,2% no 3º trimestre de 2021. No trimestre anterior, a variação homóloga do PIB tinha sido 16,1%, resultado influenciado, em grande medida, pelo forte impacto da pandemia no 2.º trimestre de 2020", lembra a agência de estatísticas.

O INE explica que a "dissipação parcial deste efeito de base traduziu-se num contributo positivo da procura interna para a variação homóloga do PIB menor que o apurado no trimestre anterior. Por sua vez, o contributo da procura externa líquida foi ligeiramente mais negativo no 3º trimestre, traduzindo um aumento das Importações de Bens e Serviços mais acentuado que das Exportações de Bens e Serviços".

Além disso, no 3.º trimestre, "o deflator das exportações e, em maior grau, o deflator das importações terão registado crescimentos expressivos, sobretudo relacionados com a evolução dos preços dos produtos energéticos e das matérias primas, prolongando-se a perda nos termos de troca observada no trimestre precedente".

Em cadeia, o PIB cresceu 2,9%, tendo sido verificado um contributo positivo da procura externa líquida para a variação em cadeia do PIB, que tinha sido negativo no 2.º trimestre, e um contributo positivo menos intenso da procura interna no 3.º trimestre de 2021.

"O crescimento do PIB no 3.º trimestre de 2021 reflete a diminuição gradual das restrições impostas pela pandemia, acompanhando o aumento do ritmo de vacinação contra a Covid-19, após dois trimestres com resultados opostos: a forte redução do PIB no 1º trimestre (-3,3%), determinada pelo confinamento geral e um aumento de 4,4% no 2º trimestre, marcado pelo levantamento gradual das restrições à mobilidade", explica o INE. 

No segundo trimestre, o crescimento homólogo (face ao mesmo trimestre de 2020) do PIB foi revisto em alta para 16,2% a 23 de setembro (face a 15,5%) e, por outro lado, o crescimento em cadeia (face ao trimestre anterior) foi revisto em baixa de 0,4 pontos percentuais, para 4,5%.

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