"No funcionamento da administração pública e das empresas há debilidades gritantes. Na Administração Pública, as pessoas não dialogam, os organismos raramente interagem. Não existe, a nível do Estado, capacidade de pensar a coesão estratégica das políticas e vincular isso aos agentes no terreno", afirmou Costa e Silva, no Fórum de Políticas Públicas 2021, que decorre no ISCTE, em Lisboa, questionado sobre as razões que levam a que o país não consiga produzir riqueza e convergir com a Europa.
Para o gestor, que elaborou, a pedido do Governo, o documento que serviu de base ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), apesar do contexto internacional, o país é responsável por esta situação.
Costa e Silva disse que, por exemplo, no âmbito do programa Portugal 2020 ou do PRR, são transmitidas para os agentes económicos mensagens "difusas e, às vezes, contraditórias".
O responsável vincou ainda que no sistema empresarial português existe a "síndrome" do Portugal dos Pequeninos.
"A maior parte dos investimentos vai para as pequenas e médias empresas, que são muito importantes, mas não podemos ignorar o papel das grandes empresas", notou.
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