A esperança de vida aos 65 anos terá sido de 19,35 anos no triénio 2019-2021, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Quer isto dizer que será necessário trabalhar menos em 2023 para se reformar, até aos 66 anos e quatro meses.
"A esperança de vida aos 65 anos foi estimada em 19,35 anos, o que corresponde a uma redução de 0,34 anos (4 meses) relativamente ao triénio anterior (19,69 anos em 2018-2020), em resultado do aumento do número de óbitos no contexto da pandemia Covid-19", pode ler-se no relatório do INE.
No ano passado, recorde-se, os mesmos dados ditaram um aumento da idade legal de acesso à reforma em um mês em 2022, para os 66 anos e sete meses.
De acordo com as regras em vigor, quem se reformar antes da idade da reforma terá um corte no valor da sua pensão através do fator de sustentabilidade - mecanismo que ajusta a idade da reforma à esperança média de vida - e uma penalização mensal de 0,5% por cada mês antecipado face à idade legal de acesso à reforma ou face à idade pessoal da reforma.
A esperança de vida aos 65 anos corresponde ao "número médio de anos que uma pessoa que atinja a idade exata 65 anos pode esperar ainda viver, mantendo-se as taxas de mortalidade por idades observadas no momento", explica o INE.
O valor provisório da esperança de vida aos 65 anos, apurado anualmente pelo INE, é divulgado, em novembro de cada ano para efeitos de determinação da idade normal de acesso à pensão de velhice do regime geral de segurança social e do fator de sustentabilidade a aplicar ao montante estatutário das pensões de velhice do regime geral de segurança social.
[Notícia atualizada às 11h25]
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