Procura no Norte com "muita incerteza" para Natal e passagem de ano
O presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal assume que o aparecimento da variante Ómicron está a lançar "muita incerteza" na procura turística para a época natalícia, mas ainda acredita que a atividade seja superior a 2020.
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Economia Covid-19
"Caso não tivesse surgido esta nova variante do SARS-CoV-2, o desempenho do destino [Porto e Norte de Portugal] na época alta do Natal e fim de ano esperava-se francamente positivo, mas o aparecimento da variante Ómicron e a forma como se está a lidar com o novo cenário veio lançar muita incerteza na procura turística, especialmente internacional", avançou hoje à agência Luís Pedro Martins, presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP).
Em entrevista à Lusa a propósito das perspetivas e preocupações para o Natal e a passagem de ano num momento em que se fala na quinta vaga da covid-19, o presidente da TPNP afirmou que, com os dados que a entidade dispõe ao dia de hoje, é possível "acreditar que os índices de atividade turística no Natal e na passagem de ano "sejam superiores aos dados de 2020".
"Mantemos a confiança nos nossos empresários e no nosso destino. Os nossos índices de vacinação são dos melhores do mundo e isso permite acreditar que vamos fechar o ano de 2021 com resultados bem melhores do que os de 2020", estimou.
Para Luís Pedro Martins, que se não existisse esta nova variante, o desempenho do destino nesta época festiva seria "francamente positivo", e defendeu que "Portugal é um destino seguro" e que o setor do turismo "está preparado".
"Mantemos a confiança nos nossos empresários e no nosso destino, os nossos índices de vacinação são dos melhores do mundo e isso permite acreditar que vamos fechar o ano de 2021 com resultados bem melhores do que os de 2020".
O destino Porto e Norte de Portugal fechou o mês de setembro com cerca de 448 mil hóspedes, registando um valor acumulado de 2,251 milhões de hóspedes entre janeiro e setembro, o que confere à região a liderança no 'ranking' a nível nacional.
Os dados do Instituto Nacional de Estatística revelam que o valor acumulado desde o início deste ano anda perto de 50% do valor registado em 2019, durante o período homólogo.
A pandemia provocada pelo novo coronavírus já fez pelo menos 5.261.473 mortos em todo o mundo desde que foi notificado o primeiro caso na China no final de 2019, segundo o balanço diário da agência France-Presse (AFP).
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.551 pessoas e foram contabilizados 1.169.003 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como "preocupante" pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em cerca de 30 países de todos os continentes, incluindo Portugal.
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