"Porque é que nós não recebemos gratuitamente a televisão por cabo onde há cabo", questionou João Cadete de Matos, quando questionado sobre a TDT, num encontro com jornalistas.
"O que penso é que em termos de futuro faz sentido haver [...] televisão gratuita por cabo", reforçou o presidente da entidade reguladora.
Esta é uma "recomendação que já temos feito ao Governo", no âmbito do grupo de trabalho que foi criado pelo secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media, Nuno Artur Silva, sobre o futuro da TDT [televisão digital terrestre], "é algo que deve fazer parte da equação", considerou.
"E se nós consideramos que agora está no caderno de encargos do Governo o concurso de levar a fibra ótica a todo o país, até pode ser o grossista que leva a fibra ótica levar a televisão a todo o lado", acabando assim com o problema da proliferação de antenas.
E se não houver cabo, "pode haver a parabólica e o satélite", acrescentou João Cadete de Matos, nomeadamente tendo em conta que Portugal tem o "paradoxo" de ser um país onde a televisão paga predomina e ser "recorde na Europa" nesta matéria.
Atualmente, a Meo/Altice Portugal detém a concessão da TDT, a qual termina em 2023.
Também em 2023 termina o mandato de João Cadete de Matos na presidência da Anacom, sendo que o responsável conta voltar ao Banco de Portugal.
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