Até 5 ou 10 mil euros. Dívidas fiscais vão poder ser pagas a prestações

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) vai criar de forma oficiosa planos de pagamento a prestações para dívidas em processo executivo, para montantes até cinco mil euros (para devedor singular) ou até 10 mil euros (coletivo).

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Lusa
09/12/2021 18:43 ‧ 09/12/2021 por Lusa

Economia

Finanças

Esta medida consta de um decreto-lei hoje aprovado em Conselho de Ministros, que contempla também os pagamentos a prestações dívidas que se encontram ainda na fase de cobrança voluntária, alargando o leque de tributos em que tal é possível.

No que diz respeito às dívidas que já avançaram para cobrança executiva, o diploma hoje aprovado procede a uma alteração ao Código de Procedimento e de Processo Tributário, passando para a lei a possibilidade de criação oficiosa de planos de pagamento em prestações pela AT, com dispensa de garantia, para cobrança de dívidas de valor inferior ou igual a cinco mil euros para pessoas singulares, ou 10 mil euros para pessoas coletivas.

O diploma determina ainda o número de prestações e o regime de incumprimento, sendo que nas regras atualmente em vigor "a falta de pagamento de qualquer das prestações importa o vencimento imediato das seguintes, ocorrendo a exclusão do plano automaticamente, prosseguindo o processo de execução fiscal os seus termos".

No que diz respeito às dívidas que se encontram ainda em cobrança voluntária, ou seja, em fase pré-executiva, o diploma agora aprovado procede a várias alterações, nomeadamente, ao alargamento da possibilidade de pagamento em prestações a dívidas de IVA, IMT, IUC e às retenções na fonte de IRS e IRC.

Em resposta à Lusa, fonte oficial do Ministério das Finanças precisou que o valor da prestação mínima baixa de Uma Unidade de Conta (UC) para um quarto de UC. Recorde-se que em 2021, a UC está fixada em 102 euros.

À luz destas novas regras, vai permitir-se aos devedores solicitar a instauração imediata do processo de execução fiscal, sendo ainda reformulada a regra atual de prestação de garantia, determinando-se que esta passa a ser prestada pelo valor da dívida e juros de mora contados até ao termo do prazo do plano de pagamento concedido, sendo eliminado o atual acréscimo de 25%.

Além disto, o prazo regra para apresentação de garantia é alargado de 10 para 15 dias.

A mesma fonte oficial precisou ainda que o diploma hoje aprovado adita duas novas situações em que a prestação de garantias por parte do devedor pode ser dispensada: quando se está perante planos prestacionais criados oficiosamente pela AT (para dívidas até cinco mil euros e 10 mil euros consoante se trate de pessoa singular ou coletiva, respetivamente) e quando se trate de planos prestacionais até 12 meses.

Ao mesmo tempo, a lei passa expressamente a prever a possibilidade de criação automática pela AT de planos de pagamentos, com dispensa de garantia, quando a dívida se encontre em fase de cobrança voluntária, o seu valor seja igual ou inferior a cinco mil euros (singulares) e 10 mil euros (coletivos) e não tenha sido presentado pedido de pagamento em prestações.

Estas medidas agora aprovadas estavam previstas na proposta do Orçamento do Restado para 2022 (OE2022), que foi chumbada pelo parlamento durante a votação na generalidade, em 27 de outubro.

Leia Também: Empresas vão poder pagar por fases IVA e retenções do IRS e IRC em 2022

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