Ações de casinos de Macau caem em Hong Kong com incerteza sobre futuro

Os operadores de casinos de Macau sofreram hoje uma quebra na bolsa de valores de Hong Kong, agravada pela incerteza do futuro do jogo no território, cuja licença irá expirar em junho do próximo ano.

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Lusa
14/12/2021 15:40 ‧ 14/12/2021 por Lusa

Economia

Jogo

 

Na sessão de hoje, o índice Hang Seng derrapou pelo terceiro dia, fechando 1,3% no "vermelho". Entre os que mais caíram está a Sands China, que registou a segunda pior queda após recuar 6,1% ao longo desta terça-feira.

O futuro do jogo em Macau é atualmente uma incógnita, uma vez que as licenças atribuídas aos seis operadores autorizados para a exploração de casinos no território expiram em junho do próximo ano, o que contribuiu para uma baixa das classificações de Sands China e SJM pela agência de notação Fitch Ratings.

"O risco de crédito a curto prazo aumentou com a visibilidade limitada dos procedimentos de novas licitações de conceção de Macau", referiu a agência nas notas emitidas no passado dia 10, onde assinalou que não se sabe ainda "se o futuro ambiente regulamentar e operacional terá impacto nos fluxos de caixa e na alavancagem" ou a probabilidade e consequências da capacidade de os operadores estabelecidos assegurarem novas concessões de jogo.

A Fitch Ratings considera baixa a possibilidade de os atuais operadores não conseguirem novas licenças, mas alerta que o "risco não deve ser ignorado".

"Os operadores investiram milhares de milhões de dólares em capital, são grandes empregadores e contribuintes fundamentais e têm apoiado" iniciativas do Governo autónomo e do Governo da República Popular da China, destacando a iniciativa da Grande Baía.

A Fitch Ratings refere que o Governo de Macau está atualmente a desenhar uma atualização da legislação em vigor sobre o jogo, mas que "não há garantias que seja completada antes do fim das licenças de junho de 2022", uma vez que comentários públicos "têm sido escassos e alimentam a incerteza".

A consulta pública sobre a revisão à lei do jogo terminou em 29 de outubro.

Uma análise publicada no domingo pela Bloomberg estima que as receitas do jogo em Macau possam encerrar o ano em 30% do total de 2019, antevendo um crescimento para "40% dos números pré-pandemia" em 2022.

A previsão da analista Angela Hanlee antevê um crescimento das receitas no segundo trimestre do próximo ano, depois dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, "até lá, os números de casos da covid-19 poderão limitar o mercado das viagens, incluindo até Macau".

 

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