"Apesar do corte material no excesso de ativos sobre passivos, nenhum dos participantes relatou um índice de ativos sobre passivos abaixo de 100%, nem sob a abordagem de balanço fixo ou restrito", referiu a EIOPA, no relatório com os resultados dos testes de stress ao setor segurador europeu, relativo a 2021.
"A indústria de seguros demonstrou, portanto, que tem ferramentas à sua disposição para fazer frente aos efeitos adversos de mercado e económicos", acrescentou a entidade.
Para a EIOPA, os resultados confirmam "a capacidade da indústria de cumprir as promessas aos segurados, em contexto de graves desenvolvimentos adversos da economia e dos mercados".
O exercício concluiu que as principais vulnerabilidades a que as empresas de seguros europeias se encontram expostas provêm dos riscos de mercado, embora se tenha constatado que, através da aplicação de medidas de gestão reativas, é possível mitigar os impactos de uma evolução adversa dos mercados financeiros.
O relatório, publicado em 16 de dezembro, teve como objetivo principal avaliar a resiliência das empresas de seguros europeias a eventuais desenvolvimentos adversos do mercado, nomeadamente num contexto de impactos decorrentes da pandemia de covid-19 e de taxas de juro baixas.
Este ano, o exercício abrangeu uma amostra representativa de 43 grupos seguradores e uma empresa individual, de 20 países distintos, que, no seu conjunto, representam 75% do mercado segurador do Espaço Económico Europeu (EEE).
O envolvimento nacional no exercício foi assegurado pela inclusão do Grupo LongRun Portugal S.A. na amostra de participantes. Adicionalmente, considerando as filiais nacionais de grupos estrangeiros a participar no exercício, a cobertura do mercado segurador nacional no 'stress test' de 2021 ascendeu a quase 70%, explicou a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), em comunicado hoje divulgado.
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