Os produtos da IKEA vão ficar mais caros. A marca sueca anunciou, na quinta-feira, que vai aumentar os preços em cerca de 9%, em todos os locais onde opera, devido a problemas na cadeia de fornecimento.
"Infelizmente, agora, pela primeira vez desde que o aumento de preço começou a afetar a economia global, temos de transferir parte desse aumento de custos para os nossos clientes", refere Tolga Öncü, gestor de operações de retalho da IKEA, em comunicado.
Deste modo, os preços vão subir para refletir as "mudanças nas condições económicas que afetam todos os setores", de acordo com a mesma nota.
A empresa explica que o aumento médio no grupo Ingka, que detém a marca IKEA, é de cerca de 9%, mas vai variar de país para país, tendo por base fatores como a inflação de cada território ou ainda o impacto dos preços dos transportes em cada país.
"Estamos a dar este passo difícil agora para garantir que podemos continuar a cumprir o nosso propósito de criar um dia a dia melhor para muitas pessoas e salvaguardar a competitividade e a resiliência da nossa empresa", acrescenta Öncü, citado na mesma nota.
Em meados de outubro, recorde-se, a IKEA admitiu que nem todos os seus produtos estarão disponíveis durante a atual crise de matérias-primas e do setor dos transportes, apesar de ter definido prioridades para mitigar interrupções no abastecimento dos produtos.
A empresa explicou, na altura, que já tomou medidas extraordinárias, como comprar contentores próprios e fretar embarcações adicionais, para garantir a disponibilidade de produtos para os clientes, e que isso melhorou a situação, mas que a empresa precisa de "tomar medidas extraordinárias para mitigar" os efeitos que os problemas de transporte marítimo têm causado.
Durante o último ano da pandemia, a IKEA diz que a situação global da capacidade de transporte marítimo "criou desafios" para todas as empresas que dependem deste tipo de transporte, incluindo a IKEA.
"Interrupções contínuas, congestionamentos portuários e uma procura historicamente elevada criaram um desequilíbrio no mercado de carga marítimo, tendo resultado em restrições nas nossas operações", explica ainda.
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