De acordo com o relatório "Perspetivas Económicas Globais", a instituição presidida por David Malpass vê a economia dos países da moeda única a crescer 4,2% em 2022, menos 0,2 pontos percentuais (p.p.) face estimado em junho, refletindo uma recuperação ligeiramente mais suave do que o esperado no consumo de serviços devido à variante Ómicron.
Contudo, melhorou as perspetivas para o crescimento em 2021 em 1 p.p., esperando agora um aumento do Produto Interno Bruto (PIB) de 5,2%.
"Após uma recuperação notável no segundo e terceiro trimestres de 2021, estima-se que o crescimento na zona euro tenha desacelerado no quarto trimestre devido, em parte, ao forte ressurgimento da covid-19, um obstáculo persistente na produção devido aos estrangulamentos de oferta em economias fortemente expostos a cadeias de fornecimento globais e preços de energia acentuadamente mais altos. Ainda assim, é provável que o crescimento tenha permanecido sólido na viragem do ano", explica o relatório.
Ainda assim, à semelhança do esperado para o comportamento da economia mundial, o BM prevê que a economia da zona euro continue a desacelerar até 2023, projetando um crescimento de 2,1% (-0,3 p.p. do que anteriormente).
A instituição com sede em Washington explica que, apesar da desaceleração esperada, a produção deverá voltar à sua tendência pré-pandemia no próximo ano.
O BM refere ainda que o aumento dos preços do gás natural e da eletricidade, se mantido em 2022, apresentaria um risco descendente importante para as perspetivas de curto prazo da zona euro, particularmente para a produção industrial.