De acordo com dados do boletim de conjuntura macroeconómica de dezembro do Ministério das Finanças, hoje divulgado, a classe dos Transportes foi a "mais afetada" pelo aumento dos preços no ano passado, com uma contribuição de 0,6 pontos percentuais para esse crescimento da inflação, seguindo-se (0,2 pontos percentuais) os preços das rendas, água, eletricidade, gás e outros combustíveis.
Globalmente, o boletim refere que a inflação média anual em dezembro de 2021 "aumentou para o seu valor mais alto desde novembro de 2013", atingindo 1,9%, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), "refletindo continuamente os efeitos do preço do petróleo no mercado internacional".
O preço médio dos combustíveis desceu 5,5% no primeiro dia de 2022 em Cabo Verde, conforme novos valores máximos definidos pela agência reguladora do setor, mas acumularam uma subida de 37,4% em todo o ano de 2021.
Já as tarifas da eletricidade, igualmente condicionadas pelos preços dos combustíveis -- Cabo Verde depende da produção de eletricidade em centrais a gasóleo -, aumentaram em média 30% em outubro passado.
Os preços em Cabo Verde aumentaram 0,4% em dezembro de 2021, face ao mês anterior, a 11.ª subida mensal consecutiva, segundo dados do indicador divulgado em 17 de janeiro pelo INE cabo-verdiano.
De acordo com a evolução do Índice de Preços no Consumidor (IPC), em todo o ano de 2021 este indicador recuou apenas em janeiro (-0,3%), tendo registado aumentos em fevereiro (0,3%), março (0,7%), abril (0,1%), maio (0,5%), junho (0,2%), julho (0,5%), agosto (0,8%), setembro (0,3%) outubro (0,9%) e novembro (0,8%), além de dezembro (0,4%).
No acumulado de 12 meses de 2021, a variação de preços é positiva em 5,4% (mais 6,3 pontos percentuais face ao acumulado de 2020 até dezembro).
O Governo cabo-verdiano estimou para 2021 uma inflação de 1,2%, mas que terá ficado substancialmente acima, face aos indicadores do INE.
Cabo Verde registou uma variação acumulada anual nos preços de 0,6% em 2020, sucedendo a uma taxa de 1,9% no conjunto do ano de 2019, segundo dados anteriores do INE.
Leia Também: Economistas esperam que pico da inflação em Portugal não ultrapasse os 4%